
Valberto José
Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.
Goleiro Manga em dois momentos na PB
Publicado em 2 de maio de 2022Na última terça-feira, 26 de abril, foi comemorado o Dia do Goleiro, criação em homenagem ao lendário Manga, considerado um dos melhores do país e que, na data, festejou 85 anos de vida. Nunca o vi jogar, mas guardo na memória duas histórias que me contaram sobre a atuação do ex-atleta em solo paraibano.
Manga nasceu no dia 26 de abril de 1937, em Recife, cidade que também lhe serviu de berço para o futebol, revelado pelo Sport. Brilhou no Botafogo do Rio, chegando à Seleção Brasileira, e no Internacional de Porto Alegre, após se destacar no Nacional do Uruguai, atuando também em outros times.
Primeiro, relembro o censurável episódio quando ele atuou pelo Inter, em 75, em amistoso diante do Treze, no “PV”. Ainda adolescente e morando em Patos, não vim assistir ao jogo, mas um colega que veio nos contava.
Filho de um árbitro e já articulado, esse amigo teve acesso ao gramado, quando se animou a pedir autógrafos aos principais jogadores do time gaúcho. “Vá tomar…”, reagiu Manga, quando solicitado pelo garoto, que, apesar da frustração, nos contava o episódio rindo.
A outra história foi me contada quando eu já estava de volta a Campina Grande e corresponde ao que o goleiro realmente foi no campo. O amigo me contou com tanto realismo que ainda hoje fico a imaginar o lance e a reação da torcida, mesmo sem nunca ter assistido ao jogo ou visto os melhores momentos na TV.
Foi numa partida entre Campinense e Botafogo do Rio, no antigo estádio Plínio Lemos, hoje a Vila Olímpica. Quem me contou não precisou se o confronto foi amistoso ou teve validade por alguma competição nacional.
A Raposa tinha em Braga um dos chutes mais potentes. Numa falta de fora da área, o defensor Braga se posiciona para a cobrança, Manga orienta a barreira; xingando, a torcida rubro-negra em coro insinua que o goleiro está com medo.
Irado, o arqueiro reage ao “tá com medo, tá com medo…” abrindo e fechando os braços, gritando para que os companheiros saíssem da formação e desmanchassem a barreira, deixando livre para o atleta rubro-negro disparar o chute.
No trilhar do apito, Braga corre e arremessa o foguete que sai fumaçando em direção à meta botafoguense. Manga, que não gostava de usar luvas, pula e estende o braço direito para cima e a bola estala na sua mão feito o relho no lombo do animal, amortecendo-se para quicar no gramado. O goleiro, na rapidez que o lance exigia, fez com que ela quicasse mais vezes e a chutou para o meio de campo. A torcida aplaudiu.
A 1ª MARAVILHA…
Esta é a semana delas, as mães, as encarregadas por Deus para nos trazer ao mundo. Domingo, o segundo do mês, o ápice com o Dia das Mães, criação de puro interesse comercial, mas para mim, todo dia é Dia das Mães. Todo dia é dia de lhes dar carinho, tratar bem, devolver-lhe em dobro toda dedicação que nos deu e ou nos dá em vida.
… DO MEU MUNDO
Tive o privilégio de viver a primazia das 13 maternidades de dona Cleonice. Ah, meus irmãos, como foi bom experimentar, primeiro, a maternidade dessa mulher! Foi tão bom que nem sei como dizer a vocês. Dona Cleonice, a primeira maravilha do meu mundo.