Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

TODOS ESPERAVAM

Publicado em 22 de abril de 2024

Copacabana (RJ), ontem 21/04/2026, inundada pelos cariocas, que promoveram mais uma gigante manifestação de apoio ao ex-presidente Bolsonaro, fato que não foi surpresa para ninguém. Muito menos para o PT, que começa a perder forças junto ao “Judiciário amigo”, hoje acuado e impossibilitado de impedir realizações destes eventos, que se multiplicarão doravante.

São atos legítimos, ordeiros e pacíficos, com o cunho de desagravo ao roteiro sinistro imposto pelo TSE – eleições 2022 – escolhendo contra a vontade da maioria um presidente para a Corte de Justiça “chamar de seu”. Empregaram métodos truculentos, inconstitucionais e ao arrepio da lei, com absoluta semelhança às ditaduras da Venezuela, Cuba e Nicarágua. A legislação foi improvisada a cada minuto, em favor do candidato da Suprema Corte, tolhendo os direitos do postulante escolhido pelo povo.

Nas inúmeras provas de abusos e favorecimento ao candidato do STF, apresentadas pelo empresário norte-americano Elon Musk, ainda falta ser evidenciada a decisão extrema e imoral da então presidente do STF, Ministra Cármen Lúcia, que suspendeu no dia 22/09/2022 a liberdade de expressão e ou manifestação, permitindo que se aplicasse aleatoriamente a censura, com prisões e invasões nas redações dos veículos de comunicações do País, decidindo o que a mídia deveria publicar ou não, nos seus conteúdos editoriais e noticiosos. Como denomina-se esta violação? “Golpe de Estado Temporário”, em vigor até a posse do seu candidato, supostamente eleito.

Cotejada a escabrosa existência de dois pesos e duas medidas, fica mais um recado para o decano do STF Gilmar Mendes – que achincalha o povão protestando nas ruas – e considera as mobilizações como “domingueiras”, esquecidas dia seguinte (segundas-feiras) início da “labuta” semanal. As crescentes revelações das barbáries autoritárias, praticadas pelo ministro Alexandre de Moraes, levaram o atual presidente do STF, junto aos seus demais pares, procurarem Lula para conter o Congresso a qualquer custo. Evitar a CPI do Abuso de Autoridade, e impedir a instalação do pedido de impeachment contra Moraes. Eles temem que a queda do “Xerifão” arraste todos. Afinal foi o próprio Barroso que iniciou o “golpe” obstruindo o voto impresso.

Após o TSE diplomar Lula, sem o menor constrangimento – reagindo uma vaia como palestrante de formandos no curso de Direito – desabafou: nós derrotamos o bolsonarismo. Antes já tinha alertado que eleição não se ganha, se toma. E depois coroou com o “perdeu mané”. Seu colega Gilmar Mendes foi mais além: “Lula só é presidente, graças às decisões do STF”. Fachin “descondenou”, mas não inocentou o chefão da Lava-Jato. Se não foi inocentado, como Lula poderia ser candidato? Nem todos estão envolvidos. Fux, André Mendonça e Nunes Marques, Cristiano Zanin e o futuro Moraes dos dias de hoje (Flávio Dino), não fizeram parte da conspiração que suprimiu o “Estado de Direito Democrático”, figura jurídica criada para agir inversamente: boicotar a democracia. Ação semelhante ao mundo do crime, usada pelos “descuidistas”, batedores de carteira. Apontam e gritam: “pequem o ladrão”.

Se for para começar (pelo começo), o Congresso terá que botar no seu devido lugar o STF. Valorizar a Primeira Instância do Judiciário – a única que não deve nada a ninguém – são Juízes concursados e não indicados. Infelizmente, hoje “Instância de Passagem”. TJ, STJ e STF todos são indicados e apadrinhados. Devem favores aos seus patronos e vergam a legislação para atendê-los. Ainda está disponível no canal Youtube a entrevista de Zé Dirceu, expondo sua vaidade, confessando que todos os indicados para o STF eram sabatinados – antes do Senado – por ele, para que Lula o indicasse. Nesta mesma entrevista, “detona” Fux, o único Juiz da Corte, quando verbaliza sem rodeios sua decepção, ao entrevistá-lo. O futuro ministro se antecipou e prometeu: “seu problema (Mensalão e Lava-Jato) eu resolvo. Dirceu sentiu-se ofendido. Na sua visão criminosa, a Lei teria “brechas” para inocentá-lo publicamente, sem aparentar ser um “favorzinho” do STF. Dirceu, Justiça e PT continuam conspirando contra o Brasil.