Os escândalos do PSB na Paraíba à luz do “Efeito Halo da Esquerda”

Grupos de esquerda estão associados a causas nobres: defesa de minorias, redução das desigualdades sociais, proteção ambiental e promoção de justiça social.

Essa imagem cria uma aura de “bondade” e confiabilidade, alimentando o chamado “efeito halo”. (Halo é como a auréola sobre a cabeça de um santo)
Ele ocorre quando uma característica positiva — no caso, a reivindicação de “superioridade moral” — gera uma percepção geral de integridade que pode encobrir atitudes antiéticas, permitindo manipular a opinião pública e criar pontos cegos para comportamentos contraditórios ao discurso oficial.

Na Paraíba, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) enfrentou e enfrenta inúmeras denúncias de irregularidades. Mesmo assim, boa parte da imprensa local e parte significativa da população não rotularam o partido como “corrupto” na mesma intensidade que se vê em escândalos associados a outros grupos políticos. Isso se conecta diretamente ao conceito de “efeito halo da esquerda”.

1. A construção de uma imagem altruísta

O PSB, como muitos partidos de orientação de esquerda ou centro-esquerda, costuma defender pautas sociais, como redução das desigualdades e investimentos em serviços públicos. Essa postura reforça a ideia de “trabalhar para o bem de todos”, criando uma aura de boa-fé que dificulta a associação de conduta antiética à legenda.

2. Missão e retórica inclusiva

No caso paraibano, o PSB frequentemente destaca projetos sociais, programas de incentivo à cultura local e ações que beneficiam grupos mais vulneráveis. Essa “missão altruísta” e o “engajamento social” geram empatia imediata, pois parecem defender interesses coletivos. O discurso de inclusão e justiça social atua como “licença moral” para cometer atitudes questionáveis, pois o partido, assim como a esquerda, aparenta estar “no lado certo da história”.

3. Minimização de escândalos pela narrativa dominante

Sob o “efeito halo da esquerda”, existe um “controle da narrativa” em que abusos e ou irregularidades são amenizados ou relativizados. Na Paraíba, uma imprensa que simpatiza com o PSB tende a tratar os escândalos de forma branda ou mesmo a não enfatiza-los de maneira contínua, criando a percepção de que não há ilegalidades graves.

Isso se reflete em:

Encobrimento de Escândalos:

As denúncias, quando surgem, podem ser apresentadas como pontuais ou frutos de perseguições políticas.

Criação de Heróis e mártires:

Líderes do partido são retratados como figuras que lutam pelo bem do estado, reforçando a ideia de que erros são “deslizamentos” justificáveis em prol do progresso local.

4. Atuação de apoiadores e cooptados

Como o partido diz governar para todos, muitos de seus participantes e simpatizantes relativizam ou ignoram sinais de corrupção. É comum ouvir justificativas do tipo “pelo menos faz alguma coisa pela população” ou “outros partidos fizeram pior”.

5. Conclusão

A situação do PSB na Paraíba ilustra como o “efeito halo da esquerda” funciona na prática: a imagem de partido voltado ao bem comum camufla ou minimiza denúncias de corrupção, fraudes e irregularidades. Como resultado, mesmo que os escândalos sejam contínuos, a percepção geral é de que não são suficientes para rotular o partido como corrupto – uma característica positiva (defesa de pautas sociais) se sobrepõe a evidências concretas de comportamentos antiéticos, protegendo a legenda de uma justiça mais severa por parte dos setores da imprensa e da parte do eleitorado.

Observação neste pensamento não analisei sob o ponto de vista do Judiciário e nem do Legislativo, que, merecem uma análise à parte.
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Escrito por Emir Candeia Gurjão, as 08:21 horas de 20 de janeiro de 2025 (dia da posse de Trump nos EUA e dia de São Sebastião. padroeiro da cidade Gurjão).

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