Governo silencia e não investiga origem das queimadas praticadas por ORCRIM
Publicado em 14 de setembro de 2024O delegado da Polícia Federal Humberto Freire de Barros, em entrevista concedida a Globo News ontem (13/09/2024), afirmou com convicção que a maioria dos incêndios florestais ocorridos este ano no país – recorde de todos os tempos – é de origem criminosa e perigosamente está alcançando dimensões preocupantes.
Uma nuvem de fumaça está cobrindo cerca de 60% de todo o território brasileiro. Humberto Barros é Diretor de Amazônia e Meio Ambiente da PF. Seu diagnóstico sobre a crise sugere suspeição de um tipo de crime organizado, pela forma orquestrada de sua execução: surgimento de focos simultâneos, em diversos Estados e regiões distintas.
As causas naturais que provocam estes fenômenos ocorrem com o tempo nublado, nuvens carregadas, poucas chuvas e descargas de raios. O que se observou nos últimos três meses foi o céu limpo nas regiões castigadas pelas chamas, surgidas em áreas de difícil acesso, distantes das grandes propriedades que desenvolvem a agricultura e a pecuária. Uma investigação está sendo iniciada pela PF, na busca de indícios que levem até os autores destas sabotagens, causadoras de danos e sequelas, não só na natureza e sua rica biodiversidade, mas atingindo e comprometendo também a saúde das populações que habitam nas grandes cidades. Respiram um ar poluído, por uma densa nuvem de fumaça, impregnada na atmosfera.
Na CNN, o programa WW entrevistou o ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi – um dos maiores produtores de soja do Brasil – pioneiro do Agronegócio, ministro da Agricultura do governo Michel Temer. Blairo foi mais direto e convincente. “Como o fogo da Amazônia, Pantanal chega no mesmo instante em São Paulo, Roraima e Rondônia?” Agora, atinge o Rio de Janeiro, aproxima-se da área urbana – Pão de Açúcar – se alastra misteriosamente na região serrana de Nova Friburgo e Petrópolis. Não existem registros na história de queimadas nestes setores. Moradores idosos desconhecem qualquer relato sobre este tipo de catástrofe. Paradoxalmente, temem as enchentes.
Segundo Blairo Maggi, fica evidente a ação humana, organizada e coordenada. Nas entrelinhas, deixou subentendido que se trata de uma conspiração contra o Agronegócio Brasileiro. Atentado que atende a interesses mercantis, de fora e de dentro do país. Destacou que o Brasil tem a mais avançada legislação de preservação ambiental, elogiada pela ONU, e todos os organismos internacionais que monitoram os efeitos das mudanças climáticas. Porém, estranha o pouco empenho do governo federal – no momento – para enfrentar a crise. Qual o motivo? Marina Silva desapareceu. Nas funções de ministra do Meio Ambiente, ela é a única autoridade diretamente responsável por tudo que está ocorrendo. Mas, infelizmente não foi capaz de acabar com a greve no IBAMA, iniciada em janeiro (2024) e encerrada no final de junho (2024), quando as chamas já haviam destruído o Pantanal.
Em São Paulo, vinte pessoas já foram presas, identificadas como autoras dos incêndios às margens das rodovias. Pagaram fiança, foram liberadas, e a polícia não divulgou a motivação do crime. Em Brasília, a PF prendeu em flagrante dois indivíduos que estavam incendiando uma área de preservação ambiental, distante 20 km do Palácio da Alvorada. Também não divulgaram seus nomes, muito menos os pretextos revelados por estes bandidos, justificando seus atos hediondos.
Por que não começar a investigar o MST, hoje reconhecido e com presença na Venezuela, apoiando a ditadura de Nicolás Maduro? Ano passado (2023) criaram o mês das invasões (Abril). Mal sucedidos na empreitada, alguns foram presos, outros fugiram, mas deixaram a ameaça: “iremos tocar fogo no Brasil”. Nada duvidamos desta gente, que não busca terras. Plantam o terror ideológico, e são financiados por ONG nacionais/internacionais. É mais uma ORCRIM, que se interliga com as inúmeras já existentes atuando no contrabando e dando suporte ao narcotráfico internacional.
O momento é propício. Período eleitoral, Congresso debatendo temas dos mais variados; governo apertado pela Meta Fiscal, dólar disparando, inflação acima do teto, e a mídia ao invés de cobrar, lamenta o fato como se fosse desígnio do destino.
Fonte: Da Redação (Por Júnior Gurgel)