Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
DESPEJOS E ARROMBAMENTOS
Publicado em 16 de dezembro de 2022O saudoso ex-presidente João Batista Figueiredo, governo civil, democrata que a mídia criminosa junto com seus comparsas historiadores – formados no maior centro de doutrinação do comunismo da América Latina, Universidades Públicas do Brasileiras – lhes imputaram a “pecha” de ser o último “governo militar”, em 1984 ao ser entrevistado em Curitiba perguntaram-lhes sobre a transição. Ainda temiam um retrocesso, Figueiredo poderia indicar um General para sucedê-lo (1985).
Esta coletiva foi logo após ele ter feito uma visita a “Boca Maldita”, centro de Curitiba, ponto de encontro das discussões políticas. Estudantes de vermelho o cercaram, vaiaram e terminou ele saindo no tapa com alguns dos baderneiros. Preocupada com os prováveis desdobramentos do evento, a grande mídia foi ouvi-lo. Figueiredo, que tinha algumas semelhanças com o presidente Bolsonaro, usava a linguagem externando sem rodeios o que pensava: “Vocês pediram uma abertura política, nós os atendemos. Mas, o que está acontecendo é um “arrombamento” político.
A história se repete. A ansiedade “saltitante” do Senador Randolfe Rodrigues levou-o a cobrar no Twitter o “despejo” do presidente Bolsonaro (Palácio da Alvorada) da residência oficial, dando-lhes o prazo até ontem, 15/12/2022. Esqueceu que Dilma Rousseff foi afastada, e o seu vice Michel Temer nunca ocupou o Palácio da Alvorada. Mesmo depois do impeachment, ela ainda levou alguns meses para fazer sua mudança.
No recente episódio de vandalismo (13.12.2022) praticado pela ação do ANTIFA em Brasília, as redes de TV – ao invés de procurarem o Ministro da Justiça ou Palácio do Planalto – convocaram uma coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil, para entrevistar o comunista Flávio Dino, até agora um “indicado” para ser Ministro de um governo que o TSE diplomou, mas, não julgou – ou sequer recebeu ainda a AIME – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, que o PL tem 15 dias de prazo para apresentá-la.
Flávio Dino comportou-se como Ministro de Estado, ao lado de um Delegado da Polícia Federal (acima de qualquer suspeita) o dito cujo que conduziu o inquérito de Adélio Bispo, e o considerou louco. Atualmente é quem cuida da segurança de Lula. Dino ordenou na ocasião que “este” também “indicado” e por sua escolha pessoal futuro Delegado Geral da PF, usasse da palavra, para tranquilizar os brasilienses. O que nos chamou a atenção, foi o fato de Bolsonaro dentro de suas prerrogativas Constitucionais ter nomeado um Delegado Geral da PF, e o STF o impediu de assumir. Dino não é presidente, e como “indicado” a Ministro já tem todo este poder? Isto só evidencia que o STF sempre foi o “guarda chuvas” do PT, e governará ao seu lado.
Ontem (15/12/2022) em mais uma ação “fora da lei”, o Ministro Alexandre de Morais mandou encarcerar centenas de cidadãos de bem, sem passado ou ficha na polícia, apreender ilegalmente suas armas, adquiridas dentro da legislação vigente que permite seu uso para defesa (no campo) e colecionadores atestados pela PF, bloquear suas contas bancárias… Até tornozeleiras eletrônicas foram postas em Deputados Estaduais, que têm foro privilegiado e não cometeram crimes. Não foi surpresa, porque um dia antes ele anunciou, com um riso de escárnio, que ainda faria muitas prisões e aplicaria milhares de multas.
Tomaram o poder de assalto. Quem se pronunciou em seguida sobre as operações ilegais das polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária – como coordenador – foi mais uma vez Flávio Dino. A pergunta que resta é: quando irão prender o presidente Bolsonaro e todos os Comandantes dos Quartéis Generais do Exército Brasileiro?