Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS É FRUTO DAS GERAÇÕES PERDIDAS

Publicado em 13 de abril de 2023

Para identificar os efeitos, basta que se investigue a causa. A onda terrorista causadora do pânico hoje instalado nas escolas – públicas e privadas – do País deixa vítimas indefesas, expostas a ataques violentos (rotineiros), frutos da “frouxidão” das leis, elaboradas nas últimas três décadas sob a inspiração do “populismo”. Desprecavida de suas futuras e inevitáveis consequências, esta irresponsabilidade institucional gerou frutos que estamos colhendo: destruição e inversão de valores nos papeis do sistema de ensino e aprendizado. O lar educa, a escola instrui. A origem desta desagregação se alicerça na banalização do crime, puxada pelo bilionário mercado do consumo das drogas.

Os verdugos truculentos – autores dos atos hediondos que ora permeiam o País – são jovens da segunda geração “Bolsa Renda”, entre 13 e 17 anos, que nem estudam nem trabalham. Entraram no mundo das drogas e, possuídos de uma violência desumana, medonha, irracional, alicerçada no ódio – originários de lares desfeitos e drogados – despidos de amor e amparados pela orfandade das ruas, não escaparam dos abusos. Se tornaram mão de obra ideal para o narcotráfico. Falhou o Estado e nossos legisladores.

O exemplo sempre vem de cima. Bolsonaro foi eleito em 2018 com o discurso “bandido bom é bandido morto”. Para os militantes dos “Direitos Humanos”, que protegem criminosos e esquecem as vítimas – famílias ficam vulneráveis e sequeladas socialmente – Bolsonaro representava a “barbárie”. Entretanto, os verdadeiros selvagens e desumanos são os defensores dos criminosos, que diariamente matam dezenas de trabalhadores, para roubarem seu aparelho celular ou tomarem o dinheiro da feira que alimenta sua prole.

A redução da criminalidade e os recordes de apreensão de drogas durante os quatro anos da gestão Bolsonaro pouparam a vida de quinze mil vítimas anualmente. Quando um policial matava um bandido de alta periculosidade, era condecorado pelo Presidente da República. O que acontece hoje no País? O ministro da Justiça se reúne no maior antro de marginais assassinos narcotraficantes, que ocupam o complexo de favelas Marés (RJ).

Negociaram o fim dos ataques no RN? Prenderam a líder do movimento, entregue por seus comparsas. Em troca (sugere-se) a sigilosa transferência de Beira Mar para o Rio de Janeiro. Antes, logo após a posse de Lula, o Ministério da Justiça – sem justificativas – transferiu Macola de um presídio federal de segurança máxima da região Norte para a “Papuda” DF, onde a expansão da droga está em níveis igual ou superior ao Rio de Janeiro. Para o Ocidente, não bastou o exemplo da China, que perdeu um século para o ópio. Em 1952 viciados e traficantes passaram a ser executados. A Malásia, quando percebeu que sua geração futura estava comprometida com o vício dos entorpecentes adotou – há uma década – pena de morte para traficantes. Já executaram até um brasileiro, e outro está no corredor da morte. Lá o usuário é punido.

No Brasil até usuários da maconha também eram punidos. Por que permitimos que no governo FHC viciados ganhassem status de “dependente químico”, e não fossem reprimidos? Ao invés de criar leis que inibissem ainda mais o uso de drogas – evitando a dependência – o governo federal agiu em favor do crime, desprezando a ideia de criar uma política para desintoxicação. Ex-presidente FHC, com 92 anos, distante do drama quotidiano, ao lado do PT, PSOL, PCdoB persistem na defesa da liberação da cocaína, e o uso indiscriminado de todas as drogas. O caos é parturiente das autocracias.