Violência contra a mulher: Canal Delas registra quase 300 denúncias em um ano de funcionamento
Publicado em 29 de agosto de 2024O Canal Delas, plataforma disponibilizada pela Hapvida NotreDame Intermédica, registrou, em um ano, 299 denúncias feitas por mulheres vítimas de violências domésticas. Acessível não apenas para colaboradoras e clientes, o projeto é realizado em parceria com a ONG As Justiceiras e tem como objetivo suprir a necessidade de canais e sistemas alternativos para combater e prevenir agressões de diversas ordens.
Desde 2023, quando houve a expansão do alcance do Canal da Mulher, um aumento considerável de denúncias foi registrado e já desenha um perfil nacional de denunciantes que ajuda agentes de proteção e combate à violência a agir de maneira mais direta e ininterrupta.
Nas estatísticas mensuradas entre junho de 2023 e junho de 2024, boa parte das 299 denunciantes está nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, possui entre 31 e 40 anos, tem filhos menores de 16 anos, faz a queixa pela primeira vez e classifica a violência como de média gravidade. Os principais tipos citados são de ordens psicológicas, físicas e patrimoniais, praticadas por atuais ou ex-companheiros, na própria casa em que as mulheres moram.
A plataforma de denúncia da maior empresa de saúde da América Latina está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e conta com uma força tarefa voluntária de mulheres para oferecer orientação jurídica, psicológica, socioassistencial, médica, além de rede de apoio e acolhimento. A escolha pela ONG As Justiceiras foi estratégica, justamente pelo fato de ser uma rede que tem parcerias com organizações/signatários, além de fazer parte do acordo público como a ONU Mulheres e da coalizão pelo fim da violência contra as mulheres, o que torna pública a ação diante da sociedade.
De acordo com Eliana Vieira, vice-presidente de Recursos Humanos da Hapvida NotreDame Intermédica, a ideia de um canal de denúncias surgiu pela realidade da própria empresa, em que 70% do quadro de funcionários é composto por mulheres. A iniciativa é promovida pela área de Diversidade da Companhia com o apoio do setor de Comunicação Corporativa.
“O Canal surgiu, a princípio, internamente, apenas para colaboradoras, depois expandimos para clientes e, há pouco tempo, deixamos acessível para todas as mulheres. É um canal seguro para apoiar, orientar e direcionar todas as questões relacionadas ao tema. Entendemos como responsabilidade de toda a sociedade promover e conscientizar sobre esse tema. Temos também focado na elaboração de guias de orientação, palestras e treinamentos sobre os vários tipos de violências contra a mulher. Nossa empresa trabalha por um todo de pessoas saudáveis e compreendemos que faz parte dos processos de transformação social ouvir e respeitar as mulheres, para que reconheçam e busquem os seus direitos”, explica.
Para Gabriela Manssur, idealizadora da ONG Justiceiras e advogada especialista em Direitos das Mulheres, a parceria com a Hapvida vem sendo fundamental. “Ter uma empresa como a Hapvida NDI apoiando essa causa é muito importante para ganharmos mais repercussão em torno de um tema tão importante para toda a sociedade. A ampliação dessa parceria é essencial para que a violência doméstica seja combatida de todas as formas”, destaca Gabriela.
Neste Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, celebram-se também os 18 anos da Lei Maria da Penha. Para a mulher que deu nome à lei, pela sua própria história de lutas, como vítima da violência doméstica, Maria da Pena Maia Fernandes considera que combater a violência contra as mulheres é combater consequências que trazem impactos negativos para toda a sociedade. “Nessas mulheres, há a perda da saúde mental, da autoestima, da confiança no próprio potencial, da autonomia financeira, da capacidade de sonhar e de ter esperança. Há também crianças órfãs, vítimas invisíveis. A lei é a emancipação de todas as mulheres, é uma bandeira de luta. É um desafio necessário criar instrumentos para combater e prevenir essas violências”, enfatiza.
Como fazer as denúncias pelo Canal Delas
Utilizando a tecnologia, a própria vítima pode denunciar uma violência sofrida e/ou a pessoa denunciante pode relatar violência contra uma terceira. As plataformas são intuitivas e de fácil acesso.
=> Pelo Portal (Beneficiárias)
Por meio do site https://portal-beneficiario.
=> Pelo app Hapvida (Beneficiárias)
Pelo app Hapvida, disponível para Android e iOS, depois do login, busque a opção Benefícios e clique em “Precisa de Ajuda?”. Logo depois, a opção Canal Delas ficará disponível e você pode fazer sua denúncia.
=> Pelo Instagram (Todas)
Pelo Instagram @hapvidasaude, clique no link https://linktr.ee/hapvidasaude , localizado na bio do perfil. Logo depois, clique na opção Canal da Mulher. Por ele, serão oferecidas três possibilidades de escolha, a partir de quem está fazendo a denúncia: “Sofri violência, quero denunciar e preciso de ajuda”, “Quero denunciar uma violência sofrida por outra mulher” e “Quero denunciar uma violência pelo WhatsApp”. A partir de então, um formulário para preenchimento será aberto.
Fonte: Assessoria