Vereadores discutem problemas na saúde pública e cobram investigação no caso do ISEA

Publicado em 27 de março de 2025

Na manhã desta quarta-feira (26), a Câmara Municipal de Campina Grande realizou a 18ª sessão ordinária da 1ª sessão legislativa da 19ª legislatura. A sessão foi presidida pela vereadora Waléria Assunção (PSB) e secretariada pelo vereador Saulo Noronha (MDB), contando com a presença de 19 parlamentares da Casa de Félix Araújo.

No início da sessão, os vereadores prestaram suas condolências ao presidente da Casa Legislativa, vereador Saulo Germano, pelo falecimento de seu pai, o ex-vereador Severino Germano. Logo após, os parlamentares centraram suas discussões nos problemas enfrentados pelo setor de saúde no município, com destaque para a situação da maternidade municipal, ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida).

Os vereadores lamentaram profundamente o falecimento de Danielle Cristina Morais e de seu filho, Davi Elô. A criança nasceu sem vida após parto no ISEA e a mãe veio a óbito devido a complicações médicas. Os parlamentares cobraram investigações rigorosas para identificar os responsáveis pelo ocorrido e garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer.

A vereadora Jô Oliveira (PCdoB) abriu o pequeno expediente reforçando a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa dos serviços de saúde do município. “Vamos unir forças para que essa morte não fique impune”, afirmou. Ela também ressaltou a importância de combater a violência obstétrica e garantir um atendimento mais humanizado às gestantes. “A morte de Danielle trás reflexões (…) Uma família destruída em cerca de 25 dias”.  A vereadora destacou que o ocorrido não pode ser desfeito, mas que o Poder Legislativo deve agir para que casos como o de Danielle não voltem a acontecer.

A vereadora Waléria Assunção (PSB) reforçou a gravidade do caso e destacou o impacto emocional sobre as famílias. “Só quem passa sabe o que sente. Um sonho que se desfez em poucos dias”, lamentou. Ela também pediu investigação rigorosa e justiça para os familiares de Danielle.

O vereador Olimpio Oliveira (Podemos) reforçou as cobranças para que o poder executivo municipal se posicione sobre a situação da saúde pública, em geral, e principalmente sobre o ocorrido na maternidade municipal. “Precisamos de explicações” pontuou.

O vereador Pimentel Filho (PSB) defendeu a necessidade de investigação, mas ponderou que não se pode criminalizar o ISEA, destacando a importância da maternidade que trouxe muitas vidas ao mundo. “Não podemos criminalizar o ISEA, ali nascem vidas diariamente, mas não podemos ficar calados com o que está acontecendo” Destacou

Ele ainda mencionou suspeitas de negligência em outros casos, como a morte de uma criança no Hospital da Criança e de um paciente na UPA do Dinamérica. “É preciso apurar as responsabilidades do que aconteceu”, enfatizou. O parlamentar solicitou a abertura de sindicância para a devida investigação. “Nós estamos falando de sonhos que foram interrompidos e essa casa não pode se calar” finalizou.

Os parlamentares concluíram o debate destacando a necessidade de uma atuação mais firme na fiscalização da saúde pública municipal, garantindo que vidas não sejam perdidas por falhas no atendimento médico.

Acesse a sessão completa por meio do Canal Oficial do youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.

Fonte: DIVICOM/CMCG

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