Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
URNAS ELETRÔNICAS, MARADONA E A MÃO DE DEUS
Publicado em 2 de junho de 2024O passado não volta. A traumática eleição de 2022 deixou registros inapagáveis na história, de uma conspiração alicerçada e concebida por um enredo – criado para solapar o povo – com sabotagens desde a ferrenha fiscalização da Justiça Eleitoral punindo impiedosamente o candidato da “direita”, e a concessão de privilégios para o postulante da “esquerda”. O ápice da truculência foi a “suspensão” temporária dos direitos de liberdade, opinião e expressão (22.09.2024), ato de força da ministra do STF Carmem Lúcia, asfixiando a principal cláusula pétrea da Constituição, que fundamenta a democracia. Vivemos o “Estado de Sitio”, ou golpe, onde todas as decisões do ministro Alexandre de Moraes estavam acima da lei. Prevalecia seu entendimento.
Num País politicamente analfabeto, nem o Congresso Nacional conseguiu interpretar o abuso inconstitucional da usurpação do poder. Enxergaram posteriormente seus efeitos, mesmo assim ainda não assimilaram a gravidade do fato. Estamos enclausurados numa ditadura do Poder Judiciário, que avança, derruba leis aprovadas no Congresso Nacional, legisla e suprime decisões do Poder Executivo. É a Ditadura da Toga, intimidando todos, com seus processos “Kafkianos”.
O “ativismo judiciário” é um mecanismo das esquerdas global, que se metamorfosearam para continuar sua luta contra o antiamericanismo, e a ordem econômica mundial estabelecida após a II guerra mundial. São ferrenhos adversários da riqueza, prosperidade pessoal, e das nações. Defensores de um Estado forte, escravocrata, rotulado de “socialista”, repleto de privilégios para os que não trabalham.
Em 2022, o favoritismo de Jair Bolsonaro era visível. Nas ruas, praças, mobilizações, redes sociais… Lula não conseguia fazer um comício em ambiente aberto. Bolsonaro lotava a Esplanada dos Ministérios (Brasília), Copacabana (Rio de Janeiro), Av. Paulista (SP) e por onde andasse. O povo o traiu no dia da eleição? Paciência!
Ninguém sabe onde tudo isso irá parar. Entretanto, o País precisa de um mínimo de garantia das instituições, para ser reconhecido pela comunidade internacional civilizada como uma democracia. Ainda resta esperança no Congresso Nacional. Mas, para se impor, terá que usar a GLO? Garantia da Lei e da Ordem?
O resultado do primeiro turno (2022) frustrou a maioria dos brasileiros. Algo saiu errado. Veio o segundo turno, e com pouco mais de um milhão de votos deram a vitória a Lula. O resultado foi questionado, contestado e por duas semanas praticamente paralisaram o País. Rodovias obstruídas, o grande movimento dos caminhoneiros e o povo nas ruas, se concentrando em frente aos Quartéis do Exército em todo o País. Exigiam auditoria nas urnas. O TSE se negou a atender ao povo.
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, reuniu os maiores gênios da tecnologia de ponta da cibernética, e estes se comprometeram publicamente em apurar a lisura do pleito, através do acesso à “chave” do “Código Fonte”. Negada peremptoriamente por Alexandre de Moraes, que revidou sequestrando 22 milhões do Fundo Partidário da legenda (PL) e ameaçou todos de prisão. Lembremos que o País estava em Estado de Sítio “branco”. O “Código Fonte” seria o “VAR”, hoje usado no futebol, amplamente discutido e implantado após a conquista de uma Copa do Mundo pela Argentina, com um gol feito com a mão de Diego Maradona. O lance foi rápido, o árbitro se atrasou. Até o bandeirinha não percebeu. A defesa da seleção inglesa que acompanhava a jogada partiu para o juiz para anular o gol. Ao consultar o bandeirinha, o juiz consignou como legítimo. No dia seguinte, fotos e filmes feitos por câmeras de 16 mm, dos torcedores, mostraram a fraude. Mas, já era passado. Maradona tinha levantado a taça. A FIFA não poderia anular o jogo. O fato foi consumado.
Maradona, anos depois, confirmou o que foi explicitado nas fotos. Revelando seu lado “mau caráter”, justificou: “foi a mão de Deus”. Por que o TSE não permitiu a inspeção no VAR “Código fonte”? Mesmo como o maior país Cristão do mundo, o povo brasileiro jamais admitirá que a eleição de Lula foi a “mão de Deus”.