Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
UM BUSTO PARA IVANDRO!
Publicado em 2 de dezembro de 2024O mais generoso e valoroso Cunha Lima que eu conheci e convivi foi, sem dúvidas, Ivandro.
Era rico, mas nunca detestou – tampouco maltratou – pobres.
Carregava consigo um coração infinitamente maior que todas as glebas de terra que possuía p’ras bandas das Três Irmães.
Solfejava e criava versos, mas nunca se propagou um Poeta.
Como homem público – deputado federal, senador da República, diretor de banco federal, secretário de Estado – deu exemplos de grandeza e incomensurável devoção à causa.
Chefe de família, circunscreveu esse lado da sua história como fraterno esposo, maravilhoso pai e avô amoroso.
Amigo, nunca a nenhum – que a todos declarava-se irmão – abandonou.
Eu tive a honra de viver o tempo de Ivandro e tenho saudades!
E hoje lembrei mais ainda de Ivandro por causa do meu amigo e Mestre Vanderley de Brito, o “Bom Bril” do IHCG.
Aliás, não necessariamente por causa de Vanderley, mas sim por conta exclusivamente da sua mais recente obra: o irretocável busto de Cristiano Lauritzen, por ele caprichosamente moldado para ficar eternizado em salão nobre do nosso instituto de memórias.
Porque, ao que eu sei, Ivandro não tem busto na cidade que amou com devoção filial. E por ela trabalhou igual formiga saúva, em noites e dias…
Quando Vanderley concluiu o busto de Lauritzen e mandou foto pelo ZAP, tirei meu chapéu e perguntei se a estátua também falava, tal a perfeição que ele retratou o ilustre.
Dos filhos de Ivandro muito me aproximei de Doda (Ivanhoé), um pouco de Ivandro Filho, muito de Ivana por conta do seu saudoso ex-marido, meu fraterno colega de Estadual da Prata Vadico Sabino, e quase nada de Anneliese, a mãe de Bruno, nosso jovem prefeito, o neto pra lá de amado dele e de Dona Walniza.
Acho que se a família encomendar a Vanderley um busto de Ivandro Campina Grande terá isso como um grande presente. E fica a dica para que algum vereador escolha o local para deixá-lo à mostra, por ser justo e necessário.
Uma cotinha entre os filhos, com uma ajudazinha mais fermentada do neto, não seria nenhum desfalque no cofre familiar da prole querida que Ivandro deixou sucedendo-o na Rainha da Borborema.
Só não sei se esse meu Mestre reencarnador de Labas terá tempo para dar-se a mais esse mister.
