Marcos Marinho

Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.

TRAUMA SUPERLOTADO 

Publicado em 31 de maio de 2022

O confrade João da Paz informando que o diretor técnico do Hospital de Trauma de Campina Grande, Sebastião Viana, está alertando sobre a superlotação do hospital, atualmente com 105% de ocupação. A unidade dispõe de 298 leitos e tem, no momento, 310 pacientes internados.

GERALDO FEDERAL 

Foi ontem no auditório do Suellen Caroline o lançamento da pré-candidatura do médico amigo Geraldo Medeiros para deputado federal. Com direito à presença do governador João Azevedo, inclusive. Torço por sua vitória, principalmente para que se eleve o nível da nossa pífia representação parlamentar na Capital da República.

MDB CAPENGANDO 

O portal de Gutenberg Cardoso (PolêmicaPB) fez uma projeção para avaliar chances de nomes do MDB à Câmara Federal se elegerem e constatou que o partido vai ficar mais nanico do que está quando as urnas forem abertas. A isso se dá um nome: “competência” de gestão – e diálogo (sic!?) – do atual presidente, Veneziano Vital.

MINHA GALINHA 

Esse artigo faz anos que eu publiquei. Vou recordá-lo, porque amanhã (quarta, dia de feira também) eu vou comprar uma gorda penosa para comer com cabidela, feijão verde e muito quiabo…

Segue: 

Fazer feira em Campina Grande é prazer que renova meu sábado a cada semana…

Na de galinha procuro a mais gorda, mas às vezes me contenta uma franguinha que cozinhe rápido e possa come-la ainda no almoço acompanhada com feijão verde no cuscuz, batata doce, macaxeira e, à parte, a irresistível cabidela.

Mas também escolho pato, perua e principalmente guiné, o velho ‘capote’ que não perde em sabor para nenhuma outra ave da face da terra. Nem p’ro Faisão, que eu nunca comi e nem quero comer!

Foi Dona Virgilia, minha amada mãe, quem me introduziu ainda pirrititinho nesse mundo maravilhoso que integra parte do Mercado (feira) Central campinense, mais precisamente na censurada “Rua Boa” – a Manuel Pereira de Araújo onde reinava o Cassino Eldorado que agora em ruínas maltrata a memória de quem de fato ama e vive todas as entranhas de Campina Grande.

Ontem à noite, após a LIVE com o amigo Olavo Macarrão em Carapibus, subí a Borborema a tempo de dormir no Itararé e cedinho acordar para me reenergizar nos mangaios da minha terra.

Saber escolher galinha gorda, a mais saborosa delas, aprendi em aulas práticas com Dona Pequena, a quem já comprei dezenas de penosas, algumas inclusive no fiado, dada a confiança que ela tinha no seu freguês certo.

Hoje já não tenho mais a espevitada e amorosa velhinha soprando na ‘rua Boa’ as penas das galinhas por baixo das suas asas até encontrar a melhor delas e me garantir que a da veia mais grossa podia levar como garantia de divina gostosura.

Dona Pequena e seu frágil corpo não estão mais na feira e ela, em casa, descansa junto aos seus, mas com certeza saudosa de abraçar a mim e aos seus tantos outros fregueses de cada sábado – Paulo (Guerreiro) Dantas, Laércio Medeiros, Dona Socorro mãe de Ana Cláudia e muita gente fina mais, por exemplo!

Me contento, à falta dela, com outras alegres vendedoras de pato, galinha, guiné e perus da Manuel Pereira de Araújo, uma delas ainda no alto dos seus mais de 90 anos no comecinho da feira de galinha – VÓ, como todos a chamamos, a corpulenta negra belíssima, raro espécime de ser humano que Deus na sua suprema generosidade mantém iluminando os sábados de todos nós.

É isso, a galinha gorda de hoje comerei amanhã na mesa adornada com filhos e netos e um rubacão que cozinharei no capricho.

Com umas doses de Rainha, é mais do que óbvio!