Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
TORNADO EM FORMAÇÃO NO CONGRESSO
Publicado em 5 de abril de 2023O deputado federal Nicolas Ferreira comentou em suas redes sociais a absoluta falta de articulação do bloco governista na Câmara, que ainda não conseguiu pôr um único tema na pauta elaborada que vai à plenário para debate. Este processo é deliberado pelos líderes partidários – reunidos com a Mesa Diretora – que escolhem quais projetos serão discutidos na semana. O PT e seus aliados ainda não conseguiram emplacar uma. Oposição navega em “mar de Almirante”.
O presidente Arthur Lira – esperando o Governo – até o momento vem se esquivando de um enfrentamento direto entre seus pares, com perda de prestígio. Para justificar a paralisia, cria “sofismas” como a briga entre ele e Rodrigo Pacheco sobre composições de Comissões Mistas. Mas, diante da imobilidade e incompetência da bancada governista, é forçado a dar satisfações ao povo e ao próprio Parlamento. Resolveu apoiar a instalação da CPI do MST, após invasões do “Abril Vermelho”.
A incapacidade do PT evitar ou conter as ações deste motim – incentivador da violência no campo – lhes trará perdas irreparáveis. A CPI deverá “amputar” este braço ideológico do Governo, considerado última trincheira. Parlamentares e financiadores – dinheiro de origem duvidosa – serão investigados e expostos. Surgirão novas leis, para criminalizar o movimento e extingui-lo.
No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco – insone – tem seus cochilos despertados pelo pesadelo da CPMI dos atos de 08.01.2023. Prevê um catastrófico tornado em formação, e vai procurar abrigo para não ser levado pelo redemoinho. Deu tempo suficiente para o Governo agir (cooptar) retirada de assinaturas. Tentando ganhar mais alguns dias, cedeu à pressão da oposição e leu pedido de instalação da CPI das ONGs da Amazônia. São mais de 14 mil. Se levado a sério a investigação, virão à tona escândalos que irão abalar, além do Brasil, todo o mundo. É a maior lavanderia de dinheiro do planeta.
Identificarão garimpos clandestinos, seus financiadores, contrabandistas e compradores internacionais que são as grandes corporações. Ouro, pedras preciosas; grafeno; madeiras nobres como o Mogno; Jatobá; Ipê; Peroba Rosa e Jacarandá. Um m3 de Jacarandá custa U $5,500. Rotas de narcotraficantes; laboratórios… Estas ONGs, sabotam a exploração legal e controlada de nossas riquezas, impedindo o acesso a 28 milhões de habitantes de toda região. Pacheco, com este “disparo acidental”, pode ter atingido mortalmente parte expressiva da classe política do Norte, envolvida e financiada pela bandidagem predatória do nosso território.
Para se ter noção do poder econômico por trás dessas ONGs, não esqueçamos que no início de novembro (2022) o governador do Pará, Helder Barbalho, foi convidado especial de uma delas, para participar da COP-27, realizada no Egito. Levou Lula – recém eleito pelas urnas eletrônicas – em sua bagagem. Não tinha sequer sido diplomado.
Armaram uma tenda para 200 convidados, incluindo a equipe do consórcio midiático, com todas as despesas pagas por esta entidade. A tenda – “Estúdio Cinematográfico” – foi montada para que grande mídia militante corrompida criasse a maior Fake News de todos os tempos, produzida pela antiga grande imprensa nacional, noticiando Lula como convidado do evento e palestrante oficial. O gesto de Hélder teve como gratidão de Lula a nomeação do irmão Jader Filho para o Ministério das Cidades.
Quem representou o Brasil, e o então presidente Jair Bolsonaro na COP-27, foi o ministro do Meio Ambiente. A farsa midiática é sem precedentes na história. Foi protagonizada pelos aldrabões formadores de opinião da velha mídia, sustentada com os recursos de origem “suspeita”, angariados pelo Consórcio Midiático. O embuste só veio atestar a perda de credibilidade do jornalismo profissional militante, e o fim de carreira dos “Capitães de Empresas”, que ainda vivem o devaneio de um poder que perderam: o de manipulação das massas. Vida longa às redes sociais.