Valberto José

Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.

Tempos de reencontros

Publicado em 27 de março de 2023

O ano me tem sido favorável em momentos álacres de reencontros inesperados com pessoas que me proporcionaram momentos inesquecíveis ao longo de décadas. Reencontros grifados pelo tempo, pela longevidade, alguns com pessoas que dividimos espaços profissionais e que minha opção pelo labor comercial afastou.

Vivenciei um momento desses há uns 20 anos, quando, aproveitando uma viagem a Guarabira, estacionei em Arara e reencontrei a família de Jurandy França, depois de 30 anos. Colega nos três períodos iniciais de faculdade que emigrara para São Paulo, me surpreende, à porta do meu comércio, cinco anos depois, num reencontro emocionante.

Desde o mês passado, tenho vivenciado momentos agradáveis de reencontros ocasionais. Numa tarde, fui trocar dois “sapatos” do meu carro na Top Pneus, onde topou-me uma fisionomia que, de imediato, não reconheci, só quando começou a falar. Era Ubiratan Cirne, colega do Diário da Borborema e d’A Palavra, na sua versão impressa, que não via há mais de 10 anos.

Na semana seguinte, Margarida recebe uma ligação de um homem falante, de conversa agradável, buscando hospedar seu pet. Marcou um pré-encontro para o outro dia. Toca a campainha, observo o casal na calçada, abro o portão e, quando entra, não me contenho e disparo: te conheço, é Carla Borba! Fomos colegas do Jornal da Paraíba e desde janeiro de 2002, quando de lá saí, que não nos víamos.

Já neste mês, saindo de Biacarnes, o reencontro foi com João Barros, defensor público aposentado, grande companheiro do Diário da Borborema. Há quase duas décadas não nos encontrávamos. Colocamos alguns pontos em dia, cada um lamentando, surpreendidos, a perda filial, a dele para a pandemia.

Em 19 de março, um reencontro previsível que a Covid adiou. Foi com Marcos Marinho e sua prole, numa agradável tarde de comemoração dos seus 70 anos. Uns cinco janeiros que não nos encontrávamos, mesmo morando na mesma cidade. Bom conhecer seus filhos, que eu vira pequenos, e alguns netos.

Desses reencontros, o de maior longevidade foi com Marcos Dias Novo, colega do Vera Cruz, em Patos, da 5ª à 8ª séries. Há 48 anos não nos víamos, embora há cinco ele tenha domicílio em Esperança, onde é pastor da Igreja Batista; há três ele posicionou a turma num grupo de Whatzapp.

Aproveitando a rápida passagem de minha irmã Socorro, que mora em Santa Catarina, em solo paraibano, no último dia 8 nos reencontramos, mesmo com alguns estorvos. Foi maravilhoso e esperançoso, pois motivou parte da turma a uma junção em abril, na capital, onde reside a maioria, numa prévia da reunião oficial prevista na cidade de Patos.