Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

STF E SENADO TEM A OBRIGAÇÃO DE PEDIREM AVALIAÇÃO PSIQUIATRA DE ALEXANDRE DE MORAES

Publicado em 30 de agosto de 2024

Todas as decisões “monocráticas” do ministro Alexandre de Moraes – examinadas à luz da ciência médica – explicitam que ele está “descompensado” psicologicamente, acometido por um quadro agudo de transtorno emocional. É visível a presença da “esquizofrenia”, evoluindo para um quadro de pânico.

O vazio do seu olhar – para cima, horizonte e laterais – sem observar os interlocutores sequer no debate em plenário atesta desconcentração, angústia e medo, enxergando todos em sua volta como inimigos, a partir dos seus mais próximos auxiliares. Nos seus primeiros dias na Suprema Corte, Moraes tinha um conduta absolutamente distinta da que apresenta hoje. Desde 2022, está agindo como uma fera acuada movida pelo instinto de defesa. Ataca todos em sua volta, indiscriminadamente.

A história antiga, moderna e contemporânea é rica em exemplos de transformações do comportamento humano, quando não estão preparados para lidar com o poder. Robespierre, o culto intelectual que frequentava a Corte, tornou-se um assassino brutal, mandando guilhotinar seus maiores amigos e admiradores da Assembleia Constituinte (Revolução Francesa). Nero, educado pelo filósofo Sêneca, terminou mandando assassinar seu próprio mestre. Leon Trotsky, revolução civil – após a abdicação do Czar Alexandre II – no seu “Trem Blindado”, onde parava, um pelotão de fuzilamento executava civis inocentes e seus próprios companheiros revolucionários, acusando-os de covardia, com a pretensão de se tornar o mais temido dos homens.

Alexandre de Moraes foi um advogado do PCC. Lidou com homens maus, cruéis e psicopatas. E no exercício de sua profissão – mesmo conhecedor do histórico de seus clientes e suas barbáries praticadas – buscava na Justiça direitos para libertá-los, permitindo que voltassem ao convívio social, sabendo que iriam ser reincidentes e voltariam a praticar os mesmos crimes que os levaram aos presídios. Quando libertava um destes assassinos, no dia seguinte uma dezena de vidas começava a ser dizimada. No seu íntimo, o remorso não o torturava? Se não fossem suas ações, quantas vidas não teriam sido poupadas? Qual o destino das viúvas e órfãos dos eliminados?

Em todos os países desenvolvidos a Suprema Corte é composta por Juízes de carreira consagrada como brilhantes. Eruditos estudiosos da Lei, que defendem a Constituição. No Brasil, exceto Luiz Fux e agora Flávio Dino, os demais membros do atual STF são advogados, confrontadores da legislação no exercício de suas profissões. Um paradoxo sem precedentes. Os abusos, absurdos e decisões inconstitucionais, praticadas por Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, são merecedores de uma ampla investigação pelo Senado Federal. Toffoli sequestrou o COAFI. Esperamos que alguém lembre. Fachin mandou o MST invadir terras.

Luís Roberto Barroso defendeu e até escreveu um livro sobre o terrorista Cesare Battisti, assassino frio, réu confesso, tirou a vida de quatro inocentes e deixou uma criança – hoje sexagenária – paraplégica. Protegido por Lula no Brasil até a vitória de Bolsonaro. Saiu do país e foi preso no Chile, deportado para a Itália, onde cumpre prisão perpétua. Em entrevista, nunca se arrependeu de seu ato atroz.

Só num país chamado Brasil, no dia da comemoração de sua indecência o povo irá às ruas – próximo 07 de setembro – não para celebrar o heroísmo histórico de nossos ancestrais. Mas, para pedir o impeachment de um ministro do STF. O Senado Federal deveria pedir um teste de Rorschach de todos os atuais Ministros do STF. É a única maneira (segura) do país saber se estamos sendo vítimas e reféns de psicopatas.