Emir Gurjão
Pós graduado em Engenharia Nuclear; ex-professor da Universidade Federal de Campina Grande; Secretário de Ciências, Tecnologia e inovação de Campina Grande; ex-secretário adjunto da Representação do Governo da Paraíba, em Campina Grande; ex-conselheiro de Educação do Estado da Paraíba.
Solidão: um fator de risco grave para a saúde
Publicado em 26 de março de 2024A solidão é reconhecida como um risco à saúde tão severo, senão mais, do que o tabagismo, a obesidade e o alcoolismo. Esta condição, frequentemente descrita como uma epidemia de solidão, é destacada como um fator de risco devastador, especialmente entre os idosos.
Algumas pessoas com mais de 65 anos consideram-se solitárias, uma condição que pode ser mais prejudicial do que viver um estilo de vida marcado pelo alcoolismo, pela obesidade, pelo hábito de fumar pelo menos 15 cigarros por dia ou pela inatividade física. Estas conclusões foram publicadas no Journal of the American Geriatric Society, que caracteriza a solidão como um “estressor biofísico” capaz de degradar consideravelmente a qualidade de vida dos mais velhos.
Os dados indicam que aqueles que vivenciam a solidão apresentam resultados piores tanto em saúde física quanto mental, comparados a outros fatores demográficos e condições de saúde. Pesquisas mostram que a solidão está ligada a um risco de mortalidade mais elevado do que os fatores de estilo de vida mencionados anteriormente. No entanto, é importante reconhecer que solidão e estilos de vida pouco saudáveis podem estar interligados, pois a solidão pode levar ao excesso de alimentação e ao consumo excessivo de álcool, assim como pode diminuir a vontade ou a capacidade de praticar exercício físico.
Adicionalmente, a solidão pode estar interligada com outras condições de saúde mental, como depressão ou ansiedade, impactando ainda mais a saúde do indivíduo. A natureza impactante da solidão sobre a saúde é tão relevante que os profissionais de saúde são encorajados a abordar e medir a solidão nos idosos, similarmente à maneira como monitoram o tabagismo ou os níveis de açúcar no sangue, buscando soluções efetivas, diz o estudo.
A identificação e o manejo da solidão podem ser complexos, como explicado por um cientista pesquisador. O problema se agravou antes mesmo da pandemia de COVID-19, e foi exacerbado pelas medidas de confinamento que limitaram ainda mais o contato social.
Portanto, há uma crescente conscientização de que os sentimentos de isolamento devem ser considerados fatores de saúde graves e que é imperativo tratá-los prontamente para evitar consequências mais graves.
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Elaborado (o texto) com base em um estudo publicado no Journal of the American Geriatric Society pelo humano Emir Candeia Gurjão, usando Inteligência Artificial.