Senador abocanha 60 mil votos de Campina com ajuda da máquina pública, dá pontapé no traseiro do eleitor e jornalista pergunta: “Cadê Efraim?”
Publicado em 15 de julho de 2023Depois de ter tido o apoio inclusive da máquina pública municipal campinense, através do noviço aliado Bruno Cunha Lima, que com ele à tiracolo subiu ladeiras, serras da zona rural e distritos do Município pedindo votos nas últimas eleições, tendo obtido do eleitorado local consagradores sessenta e tantos mil votos, o ingrato senador Efraim Morais Filho (União Brasil) deu com o pé no traseiro dos que o elegeram por estas bandas.
Essa infeliz e real constatação está posta em oportuna análise feita pelo jornalista Mas Silva e publicada no seu portal na grande rede de computadores, onde adverte o eleitor de Campina Grande a tomar a desfeita do sertanejo de Santa Luzia como uma lição para nunca mais ser repetida.
Max pergunta, já no título do artigo: “Cadê Efraim?”
Segue na íntegra a análise do jornalista:
Análise: mais votado para senador
em Campina Grande, cadê Efraim?
Mais votado em Campina Grande para o Senado Federal, nas eleições de 2022, Efraim Filho vem cumprindo à risca o figurino do forasteiro político, desde que assumiu o mandato.
Sem vínculo direto com a cidade, Efraim iniciou um processo de aproximação de Campina Grande ao se achegar às lideranças da cidade, prometendo-lhes um mandado totalmente à disposição da Rainha da Borborema. E funcionou, pois o então deputado federal conseguiu mais de 60 mil votos.
Após a eleição e posse do sertanejo-pessoense no cargo, o que se vê na prática é um total distanciamento de Efraim das pautas importantes da cidade. Fora algumas breves participações em alguns eventos, o senador eleito com apoio maciço do eleitorado campinense simplesmente tem ignorado a cidade e sua população.
Uma demonstração clara do ‘forasteirismo’ eleitoral que Campina Grande jamais admitiria em tempos passados. Campina é uma cidade que sempre se orgulhou de priorizar a ‘prata da casa’ ao conceder elásticas votações aos seus filhos, seja para o Governo do Estado ou para o Senado.
E essa preferência dos campinenses por seus conterrâneos permitiu que a cidade tivesse, ao longo dos últimos anos, vários representantes na Câmara alta do Congresso Nacional. Foi o caso de Raymundo Lira, Ney Suassuna, Wellington Roberto, Cássio Cunha Lima, Vital Filho, Nilda Gondin, e por último Daniella Ribeiro e Veneziano Vital.
Todas essas lideranças são campinenses – naturais ou adotivos – e colocaram ou colocam os pleitos de Campina em primeiro lugar. São pessoas que viveram ou vivem a cidade intensamente e, por isso, nutrem o sentimento único, o ‘campinismo’.
O distanciamento de Efraim da cidade deve ser compreendido pelos seus moradores e eleitores como uma lição: nos próximos pleitos, ter cuidado com forasteiros.
Fonte: Da Redação, com Max Silva