

Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
SÃO BRAZ NA BAHIA: Ausência do governador João Azevedo considerada uma descortesia
Publicado em 29 de março de 2025Relatos da festa de inauguração da moderna unidade industrial do São Braz, na cidade de Conceição do Jacuípe – região metropolitana de Feira de Santana (BA) – ocorrida ontem (28/03/2025) nos foi transmitido via telefone pelos confrades Padre Albeni e Maurílio Batista. Se deslocaram para realizar a cobertura jornalística do acontecimento. Um investimento de 340 milhões de reais que irá gerar 1,3 mil empregos diretos, 2.3 mil indiretos, produzindo alimentos, para consumidores de baixa renda.
Coincidentemente, ligamos no dia anterior para o ex-ministro Ney Suassuna, e ele nos atendeu apressado justificando que estava embarcando para a Bahia.
Iria prestigiar mais uma conquista de Campina Grande, a inauguração do São Braz na Bahia. Em seguida, procuramos contatar com o oftalmologista Saulo Freire. Com uma irritação no olho, queríamos que ele nos examinasse. “Só quando voltar, estou na Bahia para inauguração da filial do São Braz”.
Com Saulo, nos alongamos na conversa. Ele confirmou que “Campina em peso, principalmente a classe política e empresarial, estava lá”. Registrou o que havia visto. O prefeito Bruno Cunha Lima, Romero Rodrigues, Pedro Cunha Lima, Veneziano Vital do Rêgo, prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, presidente da ALPB Adriano Galdino…
O maior orgulho da Rainha da Borborema é exibir sua capacidade de criar, modelar e exportar talentos das mais diversas áreas, para todo o Brasil.
O médico Carlos Alberto de Oliveira Andrade furou a “bolha” do restrito cartel mundial de fabricantes e montadores de automóveis, e instalou em Anápolis (GO) uma fábrica da Hyundai.
No século XX, o estudante do Colégio Alfredo Dantas – Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo – montou o maior sistema de comunicações da América Latina, o segundo maior do mundo, ficando atrás apenas da gigante Time Life dos Estados Unidos.
Na política, Epitácio Pessoa chegou à Presidência da República, se tornando o único político da história do país a ter ocupado os três poderes. Foi presidente da Suprema Corte, presidente do Congresso Nacional e Presidente da República, e demonstrando a força da pequenina Paraíba, derrotou uma estrela de quinta grandeza, Rui Barbosa.
Ligamos à noite, após a cerimônia do corte da fita inaugural, para o Padre Albeni, que não escondeu sua surpresa ao testemunhar a magnitude do evento.
Destacou que além de Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia, o ministro Rui Costa – número um do Palácio do Planalto do governo Lula – estava presente, com senadores e uma bancada de deputados federais. Fez um pronunciamento de gratidão ao empresário paraibano Eduardo Carlos, por levar emprego, renda e prosperidade para a Bahia.
O governador João Azevedo discursou?
Albeni travou por alguns segundo para responder: “ele não veio e não enviou nenhum secretário para representá-lo.
“Nem o vice que é de Campina Grande?
“Não”, respondeu Albeni.
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro e a senadora Daniella estavam presentes?
“Também não, mas todos foram oficialmente convidados”.
A ausência do governador João Azevedo mostrou seu lado mesquinho, oriundo da anacrônica política paroquiana decadente que se embevece no extasiado sonho de se eternizar no poder, sem observar a história, que este processo é meramente transitório.
Diferente do governador Tarcísio de Freitas, que esteve recentemente ao lado de Lula para celebrar a construção do túnel Santos/Guarujá, Azevedo ainda está preso aos cordões pastoris do encarnado contra o azul.
O São Braz, além de gerar milhares de empregos e renda na Paraíba, paga impostos que fortalecem a receita do ICMS. Todo empresário é um sonhador, corajoso e desbravador. Persegue o lucro, e não o voto.
Eduardo Carlos não é político.
João Azevedo não soube separar o “institucional” do “pessoal”.