Rombo deixado na ACI por Pereira pode fazer com que ossos de Joacir Oliveira e seu filho sejam exumados do Campo Santo da Paz
Publicado em 4 de agosto de 2023Empossado na presidência do que restou da Associação Campinense de Imprensa (ACI) há pouco mais de trinta dias, entidade literalmente destruída pela diretoria encabeçada pelo devastador Edson Pereira, o jornalista João Pinto sabendo agora o tamanho do abacaxi que pegou para tentar descascar, deverá sacramentar nos próximos dias o ato formal de sepultamento do ‘esqueleto’ fétido da associação.
Atordoado com o tamanho do buraco que encontrou, e para o qual não encontrou nenhuma saída, Pinto revelou a este portal que vai convocar reunião do Conselho Diretor para formalizar sua renúncia e, precedendo a isso, assinar a desconstituição da ACI, que assim deixará definitiva e legalmente de existir, restando a suja herança para ser resolvida e dividida por quem de direito – Edson Pereira e sua trupe.
O primeiro relatório sobre o desastre administrativo da gestão de Pereira revela um crime inominável, já atestado antes ainda do último pleito quando os associados votaram sob uma tenda de plástico armada na frente do prédio – aos escombros – que sediava a ACI.
Segundo o próprio João Pinto hoje tornou público, ao assumir a entidade ele encontrou pouco mais de R$ 500,00 em caixa (banco SICREDI) e nada mais. O computador que tinha os principais registros da entidade, incluindo a lista do quadro de sócios, ninguém disse para onde foi parar; todo o mobiliário (cadeiras, mesas e birôs, fogão e geladeira, etc.) também sumiu e o que ficou não presta nem para lixo. E dezenas de contas a pagar, sendo as maiores as da água e energia elétrica – R$ 18.962,00 (Cagepa) e R$ 3.100,00 (Energisa).
Dentre as miúdas, uma é especial e chocante: o débito para com o Cemitério Campo Santo da Paz, na ordem de R$ 3.000,00, sepultura adquirida pela ACI e onde estão os corpos de Joaci Pereira e seu filho que foi assassinado anos atrás.
O chocante, na visão de João Pinto e diretores da nova ACI, é que corre agora o risco dos ossos dos dois falecidos associados serem retirados da sepultura e colocados, à disposição da família, no ossário do cemitério.
Se a ACI não quitar o débito, pelas regras do contrato celebrado com o Campo Santo da Paz a área da sepultura é retomada e colocada à venda para outro interessado. Nesse caso, a administração do cemitério exuma os ossos e os transfere para o ossário, sem custos, até que a família dos mortos decida o que fazer.
Para João Pinto, doar o terreno para a família de Joacir é impossível, uma vez que a área tumular é de propriedade da ACI para usufruto da família daqueles sócios que não tenham aonde ser sepultados. Fazer a doação não encontraria, portanto, amparo legal perante os estatutos da entidade.
A situação é realmente deplorável, pois a ACI não tem fonte de renda nenhuma, a não ser a individual e irrisória mensalidade associativa, que sem a lista de quem de fato permanece associado, não há sequer como fazer cobranças.
Final mais trágico e vergonhoso para uma categoria tão abalizada quanto a dos jornalistas de Campina Grande, não poderia mesmo existir!
Fonte: da Redação