Valberto José
Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.
Reza e trabalho no campeonato do Treze
Publicado em 11 de abril de 2023Quando Artur Almeida assumiu a presidência alvinegra, coloquei notinha aqui alertando que ele “teria que todo dia suprimir a primeira letra do nome Treze”. O alerta veio após vê-lo muito compenetrado na missa da igreja do Complexo Aluísio Campos, dias após a renúncia de Olavo Rodrigues e sua ascensão ao cargo.
A supressão do “T” era no sentido de que Bolinha praticasse com fé uma das flexões do verbo rezar, além de conjugar intensamente o verbo trabalhar, na sua nova missão. E colocar ordem no ‘PV’ seria sua árdua e difícil missão. “Organizar o clube e, só depois, pensar nos resultados dentro de campo”, resumiu suas promessas.
O neófito dirigente não só rezou, como fez o “catecismo” completo. Passados 10 meses, eis que o Galo, às vésperas do Domingo da Páscoa da Ressureição de Cristo, mostra que está vivo. Feito a fênix, ressurgiu das cinzas e conquista um título que parecia impossível.
Imprimindo no clube, acredito, uma gestão que se assemelha à de suas empresas, conseguiu saneá-lo, e depois vieram os resultados. Um trabalho feito sem muito alarde, colocando pessoas certas nos lugares certos, como a devolução da gerência de futebol ao experiente Josimar Barbosa (Joba).
Após a definição do gerente, foi a vez do treinador, acertando no início de setembro com William de Mattia, que mostrara serviço no futebol mato-grossense. A montagem do elenco foi iniciada com antecedência, o que deu tempo para trabalhar com calma na escolha dos jogadores.
Além de significar a “ressurreição” alvinegra, a conquista mantém em igualdade de condições pelos times locais a hegemonia de Campina Grande no futebol paraibano, desde 2001. As estatísticas apontam sete títulos vencidos por Treze e Campinense, neste século, seguido do Botafogo com seis.
Então, valeu a supressão da primeira letra do nome Treze. No final, a recompensa pela junção do “T” de título à galeria do clube, o 17º no âmbito estadual.