Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

RETA FINAL: ELEIÇÕES EM CAMPINA GRANDE A DISPUTA SERÁ ENTRE VEREADORES

Publicado em 6 de setembro de 2024

Quem teve a curiosidade e paciência de assistir o Guia Eleitoral – horário gratuito no Rádio e na TV destinado a propaganda dos candidatos a prefeito de Campina Grande – deve ter se decepcionado pela falta de criatividade das oposições, que reeditaram um modelo anacrônico, repetitivo, concebido há décadas, embrulhando um conteúdo de falatórios, vazio de persuasão. No formato apresentado até ontem, acreditamos piamente que o Guia Eleitoral, ainda não conquistou um voto.

O candidato do PSOL, ataca Bruno, usando Bolsonaro. Fala do número de mortes (COVID-19) e conclui que Bruno Cunha Lima votou nele. Esqueceu Bolinha, que além de ter votado e ainda votará em Bolsonaro, foi candidato a vice da chapa do PL, encabeçada por Nilvan Ferreira. André Ribeiro relembra seu empenho para instalação do Call Center, indústria de motocicletas elétricas, e pede ao povo uma oportunidade para trabalhar pela cidade. Simpático, alegre e sorridente, promete Vilas Olímpicas.

Inácio Falcão – o mais experiente de todos disputando pela terceira vez – é um candidato que tinha potencial para crescer, respaldado no seu incansável assistencialismo. Conhece todas as ruas e bairros carentes da cidade, além do nome de seus moradores. Colhe frutos de um trabalho alicerçado há quase três décadas. Conserva seus redutos, mantém seu fiel eleitorado, porém está no partido errado. Basta observa seu semblante pacifista, conciliador, com inconfundíveis características de um conservador. Por que ele está perdendo tempo, numa legenda radical e beligerante?

Jhonny Bezerra, ainda não despertou, que seu discurso é o mesmo de Inácio Falcão: saúde e hospitais. Maternidade, nosocômios para crianças, Jovens e adolescentes, Cirurgia Geral, Traumas e agora promete o do idoso. Poderia ter elaborado uma lista de temas polêmicos, propostas inovadoras, maior interação com o setor produtivo da cidade, através de entidades voltadas para um projeto de desenvolvimento. Equipar a cidade para um futuro que se inicia agora, mostrando viabilidade de atrair novas plantas industriais, com tecnologia de ponta, para atender exigências de um novo mercado onde se insere a Inteligência Artificial. É o candidato que anda mais, se mobiliza, mas, só. Apoiado pelo governador, a expectativa é de dinheiro.

Quanto a Bruno Cunha Lima, resta só a tarefa de administrar os expressivos números aferidos em suas pesquisas de consumo. Claro que não divulgará. Mostraria ao seu exército inimigo, suas tropas, e seu plano de combate? Permanecem na casa de um dígito, pela ordem crescente: Prof. Nelson, André Ribeiro, Artur Bolinha e Jhonny Bezerra. Só Inácio Falcão, alcançou os dois dígitos. O somatório de todos, ainda deixa Bruno à frente, com larga vantagem de dois dígitos. Para que venha ocorrer um segundo turno em Campina Grande, os candidatos da oposição terão que arrancar das urnas, mais de 110 mil votos. Observando a olho nu, hoje, ninguém enxerga este potencial. Restam apenas trinta dias para que aconteça um milagre, salve as oposições e João Azevedo, do maior vexame eleitoral de sua história, na Capital do Trabalho.