Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
RELATÓRIO DO EXÉRCITO SOBRE ELEIÇÕES DEIXA O TCU INQUIETO
Publicado em 13 de outubro de 2022O Tribunal de Contas da União (TCU), constitucionalmente órgão de assessoria do Legislativo, especificamente Câmara dos Deputados, resolveu se envolver no processo eleitoral em defesa da segurança e confiabilidade da urna eletrônica. Não é sua função, eis que a polêmica não orbita em torno de questões contábeis. A dúvida é se ocorreriam – ou ocorreram – falhas na transmissão de dados para totalização dos votos no primeiro turno.
O Ministério da Defesa, através do Exército Brasileiro, foi convidado pelo TSE – então presidido pelo ministro Barroso – para integrar uma comissão cuja tarefa seria aperfeiçoar o “sistema”, carente de auditagem pela falta de comprovação impressa do voto. A queda de braço começou com o seu sucessor, ministro Fachin, que se recursou adotar trinta e seis sugestões feitas pelas Forças Armadas, que garantiriam um mínimo de transparência.
Quando a Comissão foi criada pelo ministro Barroso, não foram citadas exigências sobre elaboração de um relatório pós-eleições que atestasse a lisura da apuração dos votos, com data e hora para ser entregue ao TSE, e divulgado pela mídia. Compõem este Conselho entidades como a OAB, Universidades, Ministério da Defesa (Forças Armadas) …
Imediatamente após a divulgação do resultado do primeiro turno, todos – exceto o Ministério da Defesa – se manifestaram sobre a total lisura, transparência e segurança do resultado divulgado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Morais. Inquieto, por razões não explicadas, o TCU resolveu cobrar do Ministério da Defesa relatório opinando sobre o pleito, intromissão que gerou profundo desconforto nas Forças Armadas.
O que ora é especulado nos corredores do poder em Brasília é se as Forças Armadas estão investigando, ou não, o processo eleitoral. Caso tenham detectado erros ou falhas, por que as divulgar agora? Ocorrerá nova votação no próximo dia 30/10/2022, e os resultados serão confrontados. Erros ou lacunas duvidosas, que porventura tenham ocorrido no primeiro turno, se forem repetidos no segundo turno, deixa de ser “equívoco” e passa a ser considerado “vício”, com caráter proposital e criminoso.
O caso mais curioso e inexplicável – amplamente divulgado nas redes sociais e totalmente desprezado pela mídia investigativa alojada no militante Consorcio Midiático – ocorreu no Estado do Tocantins. Governador, Senador; Deputados Federais e Estaduais eleitos, são todos bolsonaristas: Republicanos, PP; PL e União Brasil. O PT não conseguiu eleger ninguém. Entretanto, para Presidente, Lula venceu isoladamente com 50,40% contra 44,00% de Bolsonaro(?). Logo no Tocantins! Berço do Agronegócio?
Se este fato tivesse ocorrido no Nordeste, não seria questionado. Os Institutos de Pesquisas e o Consorcio Midiático já definiram que o Nordeste é “Lulista”, jamais mudará. Talvez o “caso” Tocantins tenha motivado as Forças Armadas decidirem em se aprofundar numa investigação, para identificar se ocorreu erro, ou invasão Hacker no sistema.