Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
RADICALISMO INSANO
Publicado em 19 de janeiro de 2024Alguns “blogueiros” paraibanos, internautas itinerantes na busca permanente de baterem metas, atingindo no mínimo quatro mil acessos mês para continuarem credenciados junto às Agências de Publicidades que distribuem a propaganda governamental, enveredam perigosamente pela precária via do sensacionalismo, paradoxalmente, caminho mais curto para alcançarem a descredibilidade.
Na última quarta-feira (17/01/2024) meia dúzia de blogueiros do jornalismo claudicante, maculados pela inverdade, de forma insensata e espalhafatosa abriram manchetes contra o presidente da FIEPB, Buega Gadelha. Título e conteúdo confuso, foram o mesmo: “Buega amarga mais uma derrota na Justiça”, (?) Fake News.
O tumultuado processo que ocorreu na sua reeleição, e a insatisfação da chapa derrotada, levou seus integrantes a “judicializarem” em diversas ocasiões – litigando de má fé – a legitimidade da elegibilidade de Buega Gadelha. Ações procrastinatórias, liminares precárias, culminaram em diversas decisões colegiadas do TRT-PB. Buega não perdeu nenhuma destas ações.
Infelizmente, um dos “blogueiros” do Tribunal das Fake News, “monocraticamente” lhes impôs uma condenação. É cômico se não fosse trágico – por se tratar de tema tão sensível para a Instituição e a sociedade – o inconfundível nível de desinformação praticado, senão por ignorância, por pura maldade de alguém que não tem compromisso com a verdade, como recomenda o bom jornalismo. Buega Gadelha até hoje (19/01/2024) não foi condenado por quaisquer das instâncias, das mais diversas Justiças (Comum ou Estadual, Federal ou do Trabalho).
A proclamada derrota de Buega trata-se de uma sentença da Juíza do Trabalho Adriana Lemes Maracajá Coutinho, datada de 16/01/2024, onde determina que o ex-conselheiro fiscal Edson do Ó Filho tenha acesso às contas de 2021, já devidamente aprovadas. O setor Jurídico da FIEPB deverá notificar a Magistrada, que este pleito remete ao mandato anterior de Buega, encerrado em 24/09/2023. E que Edson do Ó Filho não compõe mais o Conselho Fiscal da FIEPB.
Misturando “alhos com bugalhos” o autor da matéria “requentou” uma velha notícia, e fez alusão a uma denúncia acatada pela Procuradora do MPT, Marcela de Almeida Maia Asfora – no texto mal elaborado mudaram o sobrenome para “Mais” Asfora – referente ao placar da aprovação das contas de 2021, por 14 x 11, favorável a Buega. Os presidentes dos Sindicatos demandantes do contencioso alegam que dois Conselheiros estavam impedidos de votarem. A defesa deve ter sido feita à luz do estatuto da entidade. Ainda não existe sentença sobre este processo.
Como após o combate, entre mortos e feridos escaparam todos, seria prudente doravante iniciar-se um período civilizado de trégua, em nome do bem maior que é a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba. Buega foi eleito num pleito conduzido pela Justiça do Trabalho. Foi empossado, e seu mandato vai até 2027. Já assumiu a Diretoria na CNI, participou ativamente dos debates sobre a Reforma Tributária, defendendo o setor industrial, sobretudo o da Paraíba; SESI e SENAI ocupam espaços na mídia, mostrando diariamente suas conquistas, como referências nacionais… Até quando o “cachorro vai correr contra seu próprio rabo”? É chegado o momento de estabelecer-se uma distensão e amainar este radicalismo insano.
Sem revanchismo, despido de mágoas e rancores, Buega Gadelha nunca atacou, nem desqualifica seus adversários. Democraticamente os derrotou, contando com a maioria dos presidentes dos 26 sindicatos que compõem a FIEPB, atestando mais uma vez, que confiança não se transfere, se conquista.