Valberto José

Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.

Quando o filho assimila os ensinamentos cristãos

Publicado em 31 de maio de 2023

Não há nada mais gratificante para um pai e uma mãe do que testemunhar a caminhada cristã de um filho, após anos de ensinamentos e exemplos lançados. No último final de semana, tivemos a graça de ver nossa filha Morgana e o marido Gustavo vivenciarem o ECC, o Encontro de Casais com Cristo, na paróquia que frequentam e já servem, a João Paulo Segundo e Nossa Senhora de Fátima, no Aluízio Campos.

Morgana assimilou admiravelmente a prática cristã que eu e Margarida vivenciamos, e na qual procuramos encaminhá-la, na sua infância e adolescência. Além de receber os sacramentos da Igreja de Cristo, aceitou participar do Encontro de Jovens com Cristo, uma providência divina, pois realizado semanas antes do acidente de moto com o irmão Glauber. “Esse EJC veio no momento certo”, disse, à época.

Fortalecida espiritualmente no encontro, ela nos ajudou a suportar e a superar essa tribulação. Na passagem do mano, nove anos depois, apesar da gravidez do primeiro filho, foi esplendidamente serena e nos confortou de tal maneira na nossa dor maior, ao lado dos nossos familiares e amigos.  

Quem busca a Deus obtém fé e adquire sabedoria, recebe graças. Morgana foi plenamente sábia quando pescou, ainda namorados, Gustavo para a igreja, assim como ele sabiamente se deixou ser fisgado pelo anzol que ela lhe lançara.

A consequência é que um jovem casal, com menos de dois anos de Sacramento recebido, é chamado e aceita vivenciar o ECC. Foram bem mais rápidos do que os pais maternos, que com menos de 14 anos de casados é que vivenciaram esse momento. Os dois não se viam preparados, mas sentiram no convite do padre amigo um chamado de Deus.

Aliás, nossa filha, com seu ardor missionário, tem nos fortalecido ainda mais na nossa caminhada cristã. Sempre nos alerta para não perder a missa dominical ou de uma data importante do calendário católico. Se antes ela aprendia conosco, agora ela está nos ensinando. Que continue assim.

CHICO JOSÉ 

A semana que passou foi de perdas amigas. Na quinta-feira, Chico José, companheiro no Diário da Borborema e no Jornal da Paraíba, a quem não via há muitos anos. Passamos bons momentos na redação do DB, ele contando histórias de sua vida profissional; no JP, foi pouco tempo, mas sempre aquele cara sereno, cumprindo suas obrigações.

Inesquecível aquela noite, na redação Associada, apenas eu, na cobertura de um jogo fora ouvindo pelo rádio, Coval Morais e Chico, cada um contando causos, relembrando histórias. Ele recordou do matuto da Serra do Araripe, que viera visitar e conhecer os estúdios da rádio de Crato, onde trabalhava, antes de vir para Campina Grande.

Depois de mostrarem toda instalação da emissora, um dos radialistas perguntou ao visitante se o som da rádio entrava bem na região. “Entra bem, chega peida”, respondeu, na sua franqueza de homem do mato.

CARLOS GOES 

Na segunda-feira de manhã, encontrei casualmente com Gustavo, que me contou do falecimento de seu pai, Carlos Góes, aos 78 anos, na quarta-feira, após mais uma complicação cardíaca. Aposentado da Chesf, Carlos foi meu cliente por cerca de 20 anos, até quando cerrei as portas do açougue que mantive por 27 anos no Jardim 40. À família, os meus sentimentos, lembrando que a “dor é grande, mas Deus é maior do que essa dor”.