Qual é o papel da indústria para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade?

Publicado em 23 de maio de 2024

CNI promove live no Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado em 22 de maio. Tema inclui agenda de bioeconomia, um dos pilares da estratégia da indústria para uma economia de baixo carbono

A biodiversidade também inclui a agenda de bioeconomia, que a CNI entende como uma oportunidade para o desenvolvimento do Brasil

Comprometida em aumentar a participação da indústria na agenda da biodiversidade, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promove, nesta quarta-feira (22) – dia internacional em alusão ao tema –, uma live para debater como o setor pode contribuir com o Plano de Biodiversidade.

Também chamado de Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, o Plano de Biodiversidade foi adotado na 15ª Conferência das Partes (COP15) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e propõe que todos os atores da sociedade, incluindo a indústria, ajudem na implementação do Plano, que conta com quatro objetivos para 2050 e 23 metas para 2030.

Para participar das discussões, a CNI convidou:

  • A sócia diretora da GSS Carbono e Bioinovação, Francine Leal
  • A coordenadora de Meio Ambiente do BNDES, Odette Lima Campos
  • A gestora de iniciativas apoiadas pelo Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) do Idesam, Karol Barbosa
  • A consultora da Agroicone, Giuliane Bertaglia

O debate vai ocorrer das 10h às 11h30 e poderá ser acompanhado pelo Youtube da CNI:

A biodiversidade também inclui a agenda de bioeconomia, que a CNI entende como uma oportunidade para o desenvolvimento do Brasil e é um dos pilares da estratégia da indústria para uma economia de baixo carbono.

Levantamento do ano passado da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que, em 2022, o PIB da bioeconomia brasileira, incluindo atividades agrícolas e industriais, alcançou o valor de R$ 2,5 trilhões, sendo que a indústria com viés biológico (têxtil, cosméticos e farmacêutico) cresceu em 5,85% em relação a 2021.


“Essa agenda é muito importante para a CNI em razão do potencial que tem para a indústria brasileira, se houver um ambiente regulatório favorável e que estimule investimentos na área. Por isso, a CNI tem trabalhado na internalização das metas globais de biodiversidade considerando as singularidades socioeconômicas e ambientais do território nacional. O Brasil é capaz de implementar e monitorar metas ambicionais, mas que também devem ser factíveis”, aponta o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.


No momento, as metas nacionais baseadas no Plano de Biodiversidade, aprovado na COP15, estão em elaboração pelo governo brasileiro. A CNI trabalha em articulação com ministérios e outras partes interessadas para que as experiências e a visão da indústria estejam contempladas nas novas metas. Isso porque, de acordo com o Plano de Biodiversidade, as metas devem ser implementadas por todos os atores da sociedade.

“O engajamento da CNI na agenda de biodiversidade é fundamental. Em 2023, participamos da consulta pública para atualização da Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade, chamada de EPANB. Este ano continuamos contribuindo a partir de interlocução com stakeholders e fornecimento de subsídios técnicos, para o avanço da elaboração e implementação das metas nacionais”, afirma o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI e mediador da live, Davi Bomtempo.

Plano da Biodiversidade

O Plano de Biodiversidade apresenta 23 metas. Apesar de estarem relacionadas a áreas diferentes, elas são interdependentes, e existem metas que estão mais ligadas às ações do setor privado, por exemplo:

  • meta 9: manejo e uso sustentável de espécies; atividades, produtos e serviços sustentáveis baseados na biodiversidade. O governo brasileiro tem a intenção de incluir o termo “bioeconomia” na meta nacional;
  • meta 13: acesso e repartição de benefícios; a indústria como um dos principais usuários de recursos genéticos para o desenvolvimento de produtos pode contribuir bastante para esse objetivo com suas experiências e desafios;
  • meta 15: integração da biodiversidade aos negócios; incluindo questões sobre monitoramento, avaliação e divulgação de riscos, dependências e impactos na biodiversidade – temas que dialogam com as agendas ESG e de economia circular;
  • meta 17: biotecnologia;
  • meta 18: incentivos para garantir impactos positivos à biodiversidade;
  • meta 19: mobilização de recursos financeiros.

Fonte: Assessoria