
POUCO TEMPO PARA GRANDES MUDANÇAS
Publicado em 14 de fevereiro de 2025Após o TSE diplomar e empossar Lula como presidente (2023) a eminência parda do PT – ardiloso, capcioso e sabotador -, ex-guerrilheiro Zé Dirceu já havia anunciado em 2018, após a vitória de Jair Bolsonaro: “perdemos uma eleição, mas vamos tomar o poder”. Entrevista publicada no Jornal El País (Espanha).
Dirceu não consegue esconder sua destreza criminosa, no submundo delinquente das ligações perigosas. Membro de uma “confraria” composta de corsários, usurpadores do poder, sempre foi um subversivo a qualquer tipo de ordem política, sobretudo a democrática. Instinto anárquico, isento de ideologias, alinha-se com facilidade à direita oportunista e à esquerda escravocrata, que usa o povo como peões – ou massa de manobra – no tabuleiro do xadrez político ideológico doutrinado.
Talvez poucos recordem as manobras de Zé Dirceu no distante 2002, para chegar ao poder. Lula não passou de um simples figurante. As prévias para escolher o candidato da legenda apontavam o favoritismo do senador Eduardo Suplicy. Dirceu assumiu o comando da legenda, e com mão de ferro criou o “campo majoritário”, expulsando milhares de militantes “raiz”. Trocou o comando de diretórios e demoliu a candidatura de Suplicy. Em seguida, procurou o “radical” PL da época, comandado por Valdemar da Costa Neto, e comprou a vice-presidência por 16 milhões de dólares. Atraiu Pedro Cordeiro e outros “caciques”.
Gastou o dobro do candidato do PSDB, José Serra. Na prestação de contas da campanha ficou um gasto acima de tudo que foi declarado, montante correspondente a 18 milhões de reais. Diplomaram Lula e calaram o TSE.
Onde o PT encontrou esta montanha de dinheiro?
Numa outra entrevista (recado), ano passado (2023), Dirceu aconselhou Lula a se aproximar do “centro” e esquecer as esquerdas. As redes sociais estão mostrando o que o povo desconhecia. No socialismo, não existem sonhos de prosperidade. O grande capital transnacional investe no trabalho, como fonte geradora de riquezas. Não há registro na história – desde a Revolução Francesa – que notifique grandes empreendedores gastando suas fortunas no socialismo “distributivo”. A não ser para fornecer armas, vê-los se auto destruírem e posteriormente chegarem financiando suas reconstruções. Em troca, abocanham as riquezas naturais desses territórios devastados: “colonialismo econômico”, método bem sucedido, surgido após a II guerra mundial.
Quem assistiu a passagem de Lula ontem pelo Amapá e ouviu seu discurso, só não o confundiu com Bolsonaro pelo timbre da voz. Copiou até os gritos do “Mito”. Não falou em fome, preservação ambiental, pé-de-meia, bolsa renda ou outros programas sociais. Pregou a riqueza e prosperidade da região, exploração do petróleo da foz do Amazonas e da bacia equatorial. Criticou o IBAMA, considerando-o adversário do governo. “Se a Venezuela sobrevive do Petróleo, a Guiana está atraindo as grandes petroleiras e volumosos investimentos, por que o Brasil não vai explorar sua fatia”?
Abandonou a preleção do aquecimento global – COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (2025). Não falou sobre os Ianomâmis, marco florestal, nem agricultura familiar. Na sua comitiva, na linha de frente do palanque, só figuras do centrão: União Brasil, MDB, PP, Republicanos. Por trás, Camilo Santana e Alexandre Padilha. Marina, Maria do Rosário, Gleisi, Ivan Valente… Ficaram no passado.
Neste mesmo instante, no norte do Continente, Donald Trump anunciou que ia sobretaxar o Etanol e mandou o mais duro dos seus recados para Lula: “países do BRICS serão taxados em 100%, e não brinquem de criar moeda paralela ao dólar”. Quem propôs esta moeda? Lula, orientado pela viúva de Moscou Celso Amorim. Se houver tempo hábil, Lula construirá um discurso pró Trump e será o candidato do Centrão. Semana passada reuniu prefeitos, elogiou as emendas e esqueceu que ele foi ao STF para derrubar a desoneração da folha – benefício que privilegia municípios com população de até 120 mil habitantes – dispensando recolhimento ao INSS. Lula é aquele “animal político” capaz de tudo para não largar o osso.
Fonte: Da Redação (Por Júnior Gurgel)