PGR nega prisão, mas pede a investigação de Wallber, Gilberto, Eliza, Nilvan e Pâmela
Publicado em 17 de fevereiro de 2023A Procuradoria-Geral da República (PGR) acatou o pedido do PSOL da Paraíba e irá incluir o deputado estadual Wallber Virgolino, o deputado federal Cabo Gilberto, a vereadora Eliza Virgínia e o ex-candidato a governador, Nilvan Ferreira nos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram os atos de vandalismo cometidos no dia 8 de janeiro, em Brasília. Já contra a ex-primeira dama Pâmela Bório, foi determinado o aprofundamento da investigação quanto ao seu envolvimento no núcleo de executores materiais dos atos criminosos. Contudo, o órgão se manifestou contrário ao pedido de prisão dos citados apresentado pelo partido.
A sigla paraibana acusou os bolsonaristas de relação com os atos antidemocráticos registrados na sede dos Três Poderes, no Distrito Federal. Apesar de negar a prisão, a procuradoria solicitou que seja apurada a possível ligação do grupo com os atos.
De acordo com parecer assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico “os elementos de informação (…) demonstram que WALBER, NILVAN e ELIZA veicularam, por meio das redes sociais, imagens dos invasores das sedes do STF e do CN. Além disso, os (…) representados postaram mensagens que exaltaram os atos criminosos (…) no dia 08/01″.
Sobre Pâmela, a PGR destaca que “as fotos publicadas em rede social evidenciam que a representada acompanhava a turba durante as invasões aos prédios públicos”.
Em relação ao Cabo Gilberto, é dito que “a conduta do Deputado Federal poderá configurar violação ao decoro parlamentar”, devendo ser investigado pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da própria Câmara dos Deputados.
Por fim, a PGR solicita que Wallber, Nilvan e Eliza sejam investigados no Inquérito nº 4921, que apura a instigação ao terrorismo, e que Pâmela seja investigada no Inquérito 4922, que apura participação efetiva nos atos de 08 de janeiro.
Olímpio Rocha, advogado do PSOL, explicou que agora a representação será apreciada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes “devendo acatar os pedidos da PGR e determinar a investigação desses paraibanos que apoiaram o terrorismo. Esperamos, ao final, que todos sejam denunciados criminalmente e punidos pela instigação e participação”.
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