Pereira transforma ACI em BUDEGA e é peitado pela PGR e UFCG que agora vão retomar o prédio da entidade no Açude Velho

Publicado em 12 de janeiro de 2023

Há pouco mais de três décadas coube ao humilde jornalista João Pinto dar um teto à então efervescente Associação Campinense de Imprensa (ACI), entidade nômade que presidia, mas que não dispunha sequer de um tamborete para chamar de SEU e, desse modo, também não tinha um recinto digno para reunir os associados.

Solitário, Pinto foi à luta e conseguiu convencer o reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) a ceder à ACI, por comodato, o que restava do abandonado prédio às margens do Açude Velho onde funcionou, por anos, um apêndice cultural da instituição.

A Universidade liberou o espaço por 10 anos, com opção para renovar o comodato por igual período, desde que o prédio fosse restaurado e conservado, exigência que se mostrava como um verdadeiro empecilho, considerando os quase inexistentes recursos da entidade, que se mantinha com minguadas mensalidades, mais das vezes pagas com considerável atraso pelo diminuto quadro de sócios.

Mas o aguerrido João Pinto topou a parada e ao lado de abnegados companheiros, como o saudoso Assis Costa, por exemplo, virou bicho em busca de doações para a empreitada e a primeira porta em que bateu – e que lhe foi abruptamente fechada – foi a Prefeitura Municipal de Campina Grande.

Muitos lembram ainda hoje do seu fenomenal desgosto quando, ao comunicar ao prefeito Cássio Cunha Lima que o prédio estava para desabar e que a ACI recebera a missão de impedir o desastre, rogando-lhe apoio financeiro para tocar a restauração, o jovem alcaide em açodado tom de deboche mandou que ele se virasse: “por mim já era para ter caído”, disse-lhe e deu-lhe as costas.

Mas, nem João desabou por conta do despropósito de Cássio, nem tampouco o prédio do CEU… E assim a Associação Campinense de Imprensa, com ajuda de empresários locais e dos próprios jornalistas militantes que tiravam dos seus minguados salários a cada mês um ‘troquinho’ para ajudar, finalmente viu a sua sede própria ser inaugurada, para orgulho geral de Campina Grande.  

A João Pinto, que hoje já não tem mais sequer direito a voto na ACI, pois o grupo irresponsável que manda por lá o transformou em sócio benemérito certamente temendo que pudesse anunciar-se candidato a presidente outra vez, a história lhe registra como maior benfeitor da entidade, o homem que lhe deu alicerces e pilares de sustentação – que lhe deu VIDA!

No contraponto da história e infelizmente, coube agora ao truculento e despreparado jornalista Edson Pereira, atual presidente da ACI, assinar o seu atestado de óbito e tirar-lhe a VIDA!

Isso mesmo. A morte anunciada desse farrapo em que transformaram a pujante ACI, tem data aprazada para o seu infausto sepultamento – 31 de janeiro deste ano da graça de 2023.

Em NOTA assinada por Edson para rebater matéria jornalística de fôlego do Blog Márcio Rangel, noticiando a terceirização do recinto da entidade para uma tal BUDEGA RAINHA, é o próprio Edson quem faz o comunicado:  

– “A ACI e a UFCG têm mantido reuniões entre seus representantes com o propósito de implantar um novo projeto para a cultura de Campina Grande no espaço do largo do Açude Velho, onde está instalada a sede da entidade que representa a imprensa campinense”, informa Edson depois de ser peitado pela UFCG e pela Procuradoria Geral da União para desmontar o imbróglio insano do seu monocrático ato de dar a uma BUDEGA o que era para usufruto da classe jornalística campinense.

Verifica-se aí uma abissal diferença entre quem deu vida à ACI e quem a está sepultando.

Pinto é sóbrio e humilde, operoso e trabalhador, olha para o grupo e não para o umbigo, e seu comprovado dinamismo já o levou a presidir a entidade máxima do jornalismo estadual (Associação Paraibana de Imprensa – API) por quatro vezes, feito até aqui inédito.

Quanto a Pereira, não passa de um pobre e infeliz ser que se vale dos microfones e de um pequeno blog na internet para assacar pessoas e confrades e onde consegue evidenciar todo o seu esnobismo, julgando-se o maior e melhor jornalista do Nordeste brasileiro. Contumaz no modo de se portar violento, já foi capaz de emparedar vereadores no plenário da Casa Félix Araújo, embora em menos de 24 horas acovardado obrigou-se a pedir desculpas a quem detratara.

Nessa história da BUDEGA RAINHA, é óbvio que Edson traiu a classe e não tem mais estrutura, nem ética e nem moral, para continuar presidindo a ACI. Deve imediatamente ser posto para fora e pela porta dos fundos, aquela que dava para o Açude Velho e que foi fechada pela tal BUDEGA para aumentar o lucro do negócio.

Aliás, é importante não esquecer que na Nota em que tenta rebater Márcio Rangel, o brutamontes culpa a pandemia da COVID-19 e os sócios pelo seu fracasso gerencial, impingindo-lhes a pecha de caloteiros contumazes, aludindo que essas foram as razões para que ele transformasse a ACI em BUDEGA.

Importante lembrar que a ACI hoje nem de longe lembra a associação de outrora, com mais de 300 associados. Edson Pereira, por exemplo, foi eleito em 2021 em chapa única com apenas 67 votos dos 90 sócios aptos. E o mais interessante, a mostrar o tamanho da fragilidade da ACI hoje, é que dos 67 votos obtidos pela atual diretoria nada menos que 28 deles foram de pessoas que compõem a chapa.

Na sequência, a matéria do blog Márcio Rangel e a Nota da ACI:  

USO INDEVIDO: bar instalado na ACI deve ser desmontado até 31 de janeiro 

Após o caso ser denunciado na Procuradoria Geral da República, por uso indevido de área pertencente a União, a Associação Campinense de Imprensa estabeleceu o prazo final de 31 de janeiro para que os responsáveis pelo estabelecimento Budega Rainha (antiga Bodega Junina) desmontem a estrutura erguida na sede da ACI, as margens do Açude Velho, no Centro de Campina Grande.

O problema foi gerado depois que a Associação Campinense de Imprensa (ACI) autorizou o funcionamento do bar/restaurante, sem o devido conhecimento da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que é a real proprietária do prédio.

Na justificativa, o presidente da ACI, radialista Edson Pereira, confirmou que o espaço foi cedido as empresárias no ano passado (de 25 de abril à 30 de julho). No acordo, elas se comprometeram a pintar todo o prédio e pagar alguns custos fixos da entidade como água, internet e energia elétrica.

Inicialmente, o projeto deveria funcionar apenas durante o Maior São João do Mundo de 2022 (por isso o nome Bodega Junina), como uma espécie de espaço para exposição das cachaças produzidas no estado, no entanto, após a festa, o local se transformou em um verdadeiro bar/pub com atendimento de clientes, mesas, cozinha e operações comerciais semelhantes a qualquer restaurante que funciona na cidade. O contrato de Cessão Onerosa foi renovado pela ACI por mais 6 meses.

A autorização de funcionamento revoltou alguns membros da Associação Campinense de Imprensa e até empresários locais que além de questionarem nas redes sociais e nos veículos de comunicação o funcionamento do local, também se mobilizaram para cobrar que a empresa apresentasse as licenças de funcionamento como Alvará, Certidão Sanitária e entre outras exigências que são feitas a qualquer estabelecimento do ramo que funcione na cidade.

Em dezembro passado, a UFCG notificou a Associação Campinense de Imprensa para que todo o espaço fosse desmontado, sob pena da universidade tomar o prédio cedido a entidade. O alerta foi feito pelo próprio Governo Federal, depois que Procuradoria da República recebeu denúncias feitas por moradores da cidade.

Nesta manhã de quarta-feira (11), o blog procurou o presidente da ACI e ele confirmou que a área será desocupada até 31 de janeiro. “Demos o até o final do mês para que a estrutura seja desmontada. As empresárias estão cientes da determinação” comentou Edson Pereira.

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NOTA DE ESCLARECIMENTO 

A Direção da ACI – Associação Campinense de Imprensa vem a público esclarecer informações relacionadas a matéria publicada pelo Blog da Márcio Rangel sobre a Cessão do espaço onde está funcionando a Bodega Rainha. É importante destacar:

A pandemia de Covid – 19, que teve seu auge nos anos de 2020 e 2021, a ACI, assim como outras entidades passaram e ainda passam por problemas sérios de natureza financeira, principalmente devido a inadimplência de uma imensa maioria de associados.

Em dezembro de 2021 a entidade firmou uma parceria com o PROCON-CG durante o Natal Iluminado em que cedeu suas instalações e em contrapartida, recebeu algumas melhorias estruturais na sede da Instituição. Tal parceria de sucesso e culminou para que, em junho de 2022, fossemos procurados para firmarmos uma parceria com a empresa do Bodega Junina, para que durante a realização d’O Maior São João do Mundo, se tivesse a exposição de uma mostra de cachaça no espaço da ACI, projeto este coberto de êxito, fazendo com que a parceria fosse prorrogada até janeiro de 2023.

Em troca da cessão de parte da área, a ACI recebeu em contrapartida reformas estruturantes na sede da Instituição que eram emergenciais, tais como: melhorias na rede de esgoto, banheiros, instalação elétrica e hidráulica, segurança, piso. Além disso, a empresa parceira se comprometeu a arcar com as contas de água, luz, internet e segurança.

Devido ao alto número de inadimplência dos associados, foi o caminho encontrado para passar pela crise causada pela pandemia.

Após denúncias ao MPF, a ACI e a UFCG mantiveram reunião e ficou decidido que não seria prorrogado a parceria e a empresa que estava explorando o prédio sairá no dia 30 de janeiro.

Outrossim esclarece que uma nova parceria será celebrada entre as instituições. A ACI e a UFCG têm mantido reuniões entre seus representantes com o propósito de implantar um novo projeto para a cultura de Campina Grande no espaço do largo do Açude Velho, onde está instalada a sede da entidade que representa a imprensa campinense.

A diretoria

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Fonte: Da Redação