Parceria de sucesso: os potenciais do comércio com diversas oportunidades entre Brasil e Chile

Publicado em 25 de agosto de 2022

Mais que vizinhos na América do Sul, o Chile e o Brasil são parceiros comerciais com diversas oportunidades. Segundo a Apex-Brasil, existem mais de 1.700 produtos brasileiros que interessam o mercado chileno, como máquinas e equipamentos de transporte, produtos químicos, fármaco e alimentos.

Para incentivar e facilitar as negociações para exportar e importar do Chile, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promove a Missão Comercial Brasil-Chile, entre os dias 23 e 26 de agosto, com a participação de 46 representantes de 38 empresas brasileiras. A expectativa é que a iniciativa movimente mais de R$ 50 milhões em negócios até o fim de 2022.

Dessas empresas, 61% já têm contato com o comércio exterior, como a Eurofarma, que é uma das confirmadas na missão comercial. Conhecida no setor farmacêutico, a marca tem a intenção de fazer contato com mais empresas chilenas para aumentar a visibilidade de seus produtos, que já são comercializados no Chile.

“Já existe a Eurofarma Chile, mas ainda queremos aumentar os nossos contatos, a visibilidade e as oportunidades que temos dentro do país. Essa missão acontece no momento certo, quando estamos retomando as atividades presenciais, e vai permitir esse contato entre as empresas, as autoridades e as entidades para troca de conhecimento e fechamento de negócios”, defende o diretor executivo da Eurofarma, Walker Lahmann, que também é presidente da sessão brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Chile (Cebrachile).

Walker Lahmann é o diretor executivo da Eurofarma e representa a empresa na Missão Comercial Brasil-Chile

Para o empresário, missões comerciais como essa não promovem contato apenas entre MPEs. “De uma forma ou de outra, o programa faz com que as empresas possam ter contato com interfaces diferentes. Seja com empresas chilenas ou com outros negócios brasileiros e autoridades dos dois países, que podem ajudar nesse processo de internacionalização. Além disso, tem o benefício do esclarecimento de legislações, de políticas, de acesso ao mercado”, explica Lahmann.

O chefe do setor comercial da embaixada do Brasil no Chile, Samo Tossatti, reforçou a importância de conhecer e aproveitar os espaços gerados pelo acordo entre os dois países, “especialmente, nas áreas de facilitação do comércio, barreiras não tarifárias e comércio eletrônico”.

Os três dias de viagem contam com seminários, oficinas empresariais, rodadas de negócios e visitas técnicas a empresas chilenas para prospectar novidades. Nesta quarta-feira (24), por exemplo, as empresas vão aprender mais sobre os desafios logísticos, contratuais e negociais para exportação, importação e investimentos no Chile. Essa é mais uma das iniciativas da Rede de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), da CNI, em parceria com a Apex-Brasil, Sebrae e da Sociedade de Fomento Fabril (SOFOFA).

No primeiro semestre de 2022, a CNI promoveu outras sete ações com foco em comércio exterior, nas quais atendeu 199 empresas. Ao todo, os eventos já movimentaram mais de R$ 7 milhões e podem render mais R$ 221 milhões em exportação até o fim do ano.

Da esquerda para a direita estão o embaixador Paulo Pacheco, Marcello Martins representando a ApexBrasil, Lytha Spindola representando a CNI, Walker Lahmann representando a Eurofarma, e Renato da Fonseca representando a CNI

CNI elaborou manual sobre compras governamentais no Chile

Como parte da iniciativa Brasil-Chile, a CNI também lançou o Manual de Compras Governamentais no Chile, durante o seminário Oportunidades de Negócios com o Chile, no último dia 3 de agosto.

O documento aborda as oportunidades do novo acordo comercial entre Brasil e Chile e destaca os benefícios do capítulo de compras governamentais, o potencial do mercado chileno de contratações públicas e o funcionamento do sistema de compras públicas do país, em especial a plataforma do Mercado Público.

Em 2021, as exportações de bens do Brasil para o Chile somaram US$ 7 bilhões – o maior valor da última década. A participação brasileira nas importações chilenas cresceu de 6,5% em 2012, para 8,8% em 2021.

“Temos oportunidades em diversos setores e temos empresas brasileiras qualificadas para exportar para o país vizinho. O acordo comercial Brasil – Chile, que entrou em vigor recentemente, viabiliza novas oportunidades nas áreas de compras públicas e facilitação aduaneira, por exemplo. Com essa iniciativa, a CNI pretende mostrar para os empresários brasileiros o potencial desse mercado e auxiliá-los durante as negociações. Nosso objetivo é ver mais Brasil no mundo”, reforça a gerente de internacionalização da CNI, Sarah Saldanha.

Fonte: Assessoria