Pai de selfie: ausência paterna pode desencadear transtornos emocionais em filhos até fase adulta

Publicado em 15 de agosto de 2022

A figura materna costuma estar relacionada a um desenvolvimento equilibrado da criança, mas o pai também desempenha papel fundamental na formação e quando ausente, pode gerar gatilhos emocionais e inseguranças no filho – marcas que podem durar uma vida inteira. Neste domingo (14), Dia dos Pais, o psicólogo do Hapvida, Marcos Sueudy, ressalta a influência paterna para a percepção de segurança, promoção da autoestima e construção de um indivíduo com saúde mental e equilíbrio e os problemas que podem ser gerados quando se tem um ‘pai de selfie’.

“Com um pai presente e que cumpre seu papel, a criança se sente amada e valorizada, tornando-se mais propensa a ter uma autoestima maior no futuro. Ela também adquire uma resistência maior às adversidades do dia a dia, e são mais seguras diante de novas situações e desafios”, relata.

Já o pai ausente traz efeitos inversos ao desenvolvimento da criança. Tem sido comum utilizar o termo ‘pai de selfie’ para aqueles que não fazem parte da rotina da criança, que participam superficialmente da rotina e ainda divulgam o pouco que é feito nas redes sociais. Além de afetar o desenvolvimento da criança, a falta do pai reflete em longo prazo.

“Sem carinho e atenção, por exemplo, pode gerar consequências na formação do indivíduo. A figura do pai é peça-chave no processo de descoberta do mundo e, privada dessa referência, ela se sente menos segura e, por que não dizer, menos capaz, amada e desenvolve um sentimento de inferioridade”, detalha o psicólogo.

Conforme Sueudy, quando há omissão do pai, as crianças têm maiores chances de desenvolverem sentimentos de culpa, ansiedade e estresse, o que frequentemente causará problemas emocionais.

O especialista alerta que mesmo aqueles que não moram com o filho devem buscar desenvolver uma relação sólida e de confiança com a criança, que se bem construída, pode gerar um sentimento de admiração e respeito muito além da infância. “Eu sempre digo aos pais dos meus pacientes que atendo que eles só terão, pela lei, a responsabilidade de cuidar de seus filhos até os 18 anos; é um tempo curto comparado a uma vida inteira”, sugere.

Fonte: Assessoria