O MOMENTO DE JOÃO E VENEZIANO
Publicado em 28 de junho de 2024Nas últimas declarações do governador João Azevedo sobre as eleições municipais de Campina Grande, ele expressou sinais de exaustão, fadiga e discreta afobação, ao repetir pela enésima vez que o desenrolar do imbróglio para formação de uma chapa não depende unicamente de sua decisão. O seu partido já tem um pré-candidato, o médico Jhonny Bezerra. Não está esperando por ninguém (Romero). Resta às oposições a construção de um diálogo que unifique as bandeiras.
O governador vive seu melhor momento político, e em rota itinerante continua percorrendo todo o Estado, durante todos os meses. A estratégia o fortalece como principal candidato para sua eleição – que não é a deste ano – em 2026, disputando uma das duas vagas para o Senado Federal. Na mesma pisada, segue Veneziano Vital do Rêgo, com um compromisso a mais: reeleger Bruno Cunha Lima em Campina Grande.
João mergulhar de cabeça no primeiro turno, nos dois principais colégios eleitorais do Estado, seria estupidez. Seu capital político está nos 221 municípios, que no próximo 07/10/2024 redesenharão um novo mapa político do Estado, distinguindo vencidos e vencedores. Foram estes redutos que além de o levar ao segundo turno em 2022 consagraram sua vitória, estabelecendo um novo recorde – como campeão de votos – suplantando números obtidos por todas as lideranças que chegaram ao Palácio da Redenção desde o pleito de 2002: volumoso e expressivos 1.121.904 sufrágios.
O governador na capital apoiará o projeto de continuidade da gestão Cícero Lucena. E em Campina Grande aguarda o consenso dos pré-candidatos da oposição: Jhonny Bezerra, Inácio Falcão, Rosália Lucas e André Ribeiro. Partidos distintos, que se permanecerem isolados, resultará na fragmentação, com vitória de Bruno no primeiro turno. Só eles, discutindo entre si, escolherão quem liderará as oposições. Vagas ou acomodações existem para todos. Um prefeito, um vice, e dois vereadores que se elegerão sem dificuldades. Quem tomará a iniciativa de abrir o diálogo?
João só pode assumir o comando das forças de oposição em Campina Grande num eventual segundo turno. Seria o “coringa”, com chances de bater a parada. Na capital, o comportamento prudente deve ser o mesmo: Cícero no segundo turno, o governador entrará como reforço para consagrar sua vitória.
Veneziano Vital do Rêgo e João Azevedo, em suas incansáveis andanças, estão consolidando suas postulações ao Senado. Daniella Ribeiro desapareceu. E o surgimento de um outro nome seria um improviso, fruto de uma conjuntura de bastidores, sem aval do povo, com a tarefa de começar do zero. Uma aventura. Recordando 2002, a posição de João (no momento) é absolutamente semelhante à de Maranhão. Uma vaga no Senado seria a sua. A outra, poderia ser Wilson Braga, Efraim Morais ou Burity.
Fonte: Da Redação (Por Júnior Gurgel)