Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
O mais novo INIMIGO NÚMERO UM de Campina Grande
Publicado em 12 de julho de 2023A inconsequente oposição ao presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), Buega Gadelha, patrocinada pelo chefão do Sistema Paraíba de Comunicação, Eduardo Carlos, na desesperada ânsia de tomar-lhe o mandato no ‘tapetão’ tem se mantido realmente em uma TORPE RESISTÊNCIA, como assim definiu em oportuno texto hoje o consagrado articulista deste portal, Junior Gurgel.
Sempre elegante nas palavras, Gurgel entretanto não conseguiu verdadeiramente traduzir para o leitor comum a insanidade ora praticada pelo desatinado grupo, que comete a burrice de ceder ao desejo ($$$$) de um rapaz que deu as costas para Campina Grande, deslustrando inclusive a história do seu saudoso pai, e através de um laranjal formado por esses outros descompromissados com o desenvolvimento da Rainha da Borborema trabalha de modo vil para tirar de Campina Grande, a qualquer custo, a sede da FIEP e botá-la a seu serviço nas areias mornas de Tambaú.
Esses sindicalistas – presidentes do Sindicato da Indústria de Calçados do Estado da Paraíba (SINDICALÇADOS); Sindicato da Indústria de Material Plástico de Resinas Sintéticas do Estado da Paraíba (SINDIPLAST-PB); Sindicato da Indústria de Beneficiamento de Vidros em Geral do Estado da Paraíba; Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado da Paraíba (SINDUSCON-PB); Sindicato da Indústria do Açúcar do Estado da Paraíba (SINDAÇÚCAR); Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado da Paraíba (SINDALCOOL-PB); e Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa – cada um a seu modo inócuo de honrar a categoria a que pertencem agem como ventríloquos subsidiados por ninharias monetárias que momentaneamente irrigam seus devaneios, na ilusória esperança de que abocanhando a direção da federação industrial paraibana se libertarão do purgatório onde estão, para adentrarem ao Reino dos Ceus com suas sujas tripas e tudo o mais…
É ledo engano, saberão adiante!
Tirar a sede da FIEP de Campina Grande é o mesmo que aterrar o Açude Velho ou incendiar casas e ruas de José Pinheiro, mas a sociedade campinense, bem informada por quem faz jonalismo com seriedade, se manterá a postos para impedir tal vilania.
Há mais de oito meses APALAVRA, vigilante como sempre esteve desde a sua fundação, empunha essa bandeira, que não representa apenas a defesa intransigente dos maiores interesses de Campina Grande, mas principalmente a honra do seu valoroso povo, e denuncia sem medo e sem recuos a trama perversa que brotou nas salas refrigeradas do Sistema Paraíba de Comunicação, onde o traidor-mor traça os planos de desmonte da FIEP.
O curioso a registrar é que esse cidadão saiu daqui mesmo. Banhou-se nas águas do Açude Velho, comeu alevinos do Canal das Piabas, e o berço de ouro onde depositava os cueiros que lhe aqueciam as nádegas foi comprado com moeda do suor de pobres compatriotas que pagavam pelo café, pelo fubá e pela canjiquinha da fábrica do velho genitor e que eles acabaram levando para Cabedelo depois de terem recebido todas as benesses fiscais e tributárias que o oportunismo político lhes deu, para aumento de lucros e de capital.
A Campina dos seus amigos-políticos que também não amam esta terra é hoje, para esse cidadão, apenas um lugar para ser pisado. A torrefação de café premiada com benefícios fiscais exclusivos forçou a que o concorrente desprezado que não teve o mesmo tratamento – Café Aurora – corresse para o Distrito Industrial de Caruaru, onde o Governo de Pernambuco lhe garantiu a ajuda que o governador paraibano negara, e deixasse aqui centenas de pais-de-família ao Deus dará, aumentando os índices de desemprego em Campina Grande.
O histórico Jornal da Paraíba, nascido para cuidar de Campina a partir de rebeldia local depois que o Diário da Borborema foi empastelado, primeiramente teve suas máquinas levadas para João Pessoa e, ato seguinte, as portas foram definitivamente cerradas, gerando mais desemprego na Borborema.
A área onde funcionavam as oficinas do JP o Governo do Estado desapropriou, pagando fortuna, para nela instalar a sede local do Corpo de Bombeiros, inclusive contrariando recomendações técnicas referentes à localização estratégica para um quartel, mas gerando novas fortunas para o grupo desertor.
A TV Paraíba, que continua sendo sucateada em seus equipamentos, transformou-se em mera repetidora da TV Cabo Branco, enfraquecendo assim o seu poder de formadora de opinião pública.
Aliás – e nesse particular precisaremos de um artigo inteiro -, Campina Grande precisa saber, sem necessidade de exumar Wilson Braga, quem foi que pagou pela aquisição à Rede Globo das concessões dos canais de João Pessoa e Campina Grande.
Fiquemos por aqui, por enquanto…
O JOVEM TRAIDOR
Compulsando ontem o robusto arrazoado com o qual a minha prezada amiga promotora Marcela Almeida Maia Asfóra opinou favoravelmente para que o Conselho de Representantes da FIEP decida sobre a permanência de Buega na presidência da entidade, deparei-me com algo que de fato a mim estarreceu: o covarde depoimento do jovem advogado Evanilson Dias de Souza, na qualidade de testemunha dos acusadores de Buega.
Tenho por mim que quem tomou a oitiva dele não deixou de percebeu a sua lustrada cara de pau, sedento para ver o presidente da FIEP sepultado – para as vidas sindical e terrena.
Conheci o noviço traidor quando fazia mandados para o velho Vital do Rego lá no São José. E mais adiante o encontrei nos corredores da FIEP, onde me informou ter sido contratado para coordenar a assessoria de imprensa, aduzindo ter “carta branca” do presidente para o que desse e viesse.
Embora o cara não pertencesse aos quadros da nossa categoria, acabei ficando feliz pelo posto que ganhara, imaginando que o vigor da sua juventude e os saberes do Direito que supus ele tivesse adquirido na convivência com o notável criminalista da rua João Moura, em muito ajudariam Buega e a federação.
Em várias solenidades na FIEP nos encontramos, ele sempre em impecáveis ternos de famosas grifes em linho importado, gravatas de seda pura, trancelins e pulseiras de ouro 24 e sapatos italianos, tudo do mais fino gosto e somente acessível a grã finos milionários da urbe…
Contava-me sobre viagens, no Brasil e no exterior, a serviço do emprego. E mais ainda sobre os bons vinhos que apreciava nas melhores mesas dos mais caros restaurantes dessas localidades.
Um dia me apresentou ao ”marido”, vistoso jovem que me revelou ser graduado servidor da UFCG; e mais adiante, em outro mês, à “esposa”, uma bela mulher que tinha qualidades físicas de fechar quarteirões.
Óbvio que não entrei na sua vida particular e me limitei a cumprimentar os pares que me apresentou. Mas, isto não vem ao caso!
Ao caso vem o que li nos arrazoados da competente esposa do meu dileto Sheynner Asfóra: a descarada traição de Evanilson a quem lhe deu tudo na vida, além de régua e compasso.
O traidor-chinfrim de Buega viveu 10 anos lambendo as botas do patrão. Lá na FIEP, disse ao Juízo, “trabalhou” por 10 anos, de 07/05/2013 até 26/04/2023 e que fora contratado “como assessor de imprensa, mas desenvolvia atividades adicionais, como: representava a FIEP em vários comitês e conselhos e tratava de assuntos pessoais de seu presidente; que trabalhava de segunda-feira à sexta-feira presencialmente na FIEP nos turnos da manhã e da tarde, exceto quando estava ausente para atender alguma demanda da FIEP; que representava a FIEP em conselhos federais, municipais e estaduais e também junto à CNI na agenda legislativa; que também representava a FIEP em diversas solenidades”, etc.
E foi aí que lembrou estar na cadeira de testemunha de acusação, não titubeando e cumprindo o script que os acusadores de Buega tinham lhe dado, como está escrito no parecer da doutora: “que o depoente tratava de assuntos pessoais de Francisco Gadelha, citando como exemplos visita a um advogado em Recife para tratar de questão de uns bloqueios judiciais, intermediação com irmãos de Francisco Gadelha na resolução de um inventário e resolução de problemas da empresa de Francisco Gadelha no Maranhão; que em viagens para atender interesses pessoais de Francisco Gadelha o depoente recebia diárias e passagens bancadas pela FIEP, possuindo toda a documentação dessas coberturas; que não tem conhecimento de que Francisco Gadelha tenha solicitado de outros funcionários da FIEP trabalhos para atendimento pessoal dele Francisco Gadelha; que muitas vezes Francisco Gadelha demandou o depoente para resolução de assuntos estranhos à FIEP, inclusive resolução de situações referentes ao SESI e ao SENAI; que possui a conta de nome Evanilson Dias no Facebook; que confirma ter postado no Facebook a mensagem ‘o que é teu já está guardado’, em 03/05/2023, de uma música de Maria Betânia, não possuindo qualquer relação com sua vinculação com a FIEP; que nunca encaminhou documentalmente ao presidente da FIEP proposição escrita para que reuniões do conselho de representantes fossem marcadas; que é bacharel em Direito, tendo concluído o curso em 2020.2, mas não é advogado nem chegou a se apresentar como tal; que não se recorda de ter sido realizada reunião do conselho de representantes no ano de 2022, mas se recorda que houve marcação de uma reunião em dezembro de 2022, que deveria ter acontecido nos meses de março, julho e novembro por força estatutária, reunião que não chegou a ocorrer em razão de decisão judicial’ e etc.
É lamentável saber desse vergonhoso epílogo na história de um jovem que tinha tudo para ser valoroso e crescer honrada e dignamente na vida.