
Emir Gurjão
Pós graduado em Engenharia Nuclear; ex-professor da Universidade Federal de Campina Grande; Secretário de Ciências, Tecnologia e inovação de Campina Grande; ex-secretário adjunto da Representação do Governo da Paraíba, em Campina Grande; ex-conselheiro de Educação do Estado da Paraíba.
O currículo das escolas no Brasil
Publicado em 31 de janeiro de 2024O currículo escolar brasileiro, como em qualquer sistema educacional, deve ser estruturado de modo a preparar os alunos de forma eficaz e relevante para o mundo em que vivem. Nesse sentido, uma proposta de reforma curricular que enfatize a importância das ciências e da linguagem, disciplinas fundamentais para a formação integral dos estudantes e para sua futura inserção no mercado de trabalho.
Em um mundo cada vez mais dominado por avanços tecnológicos e pela necessidade de comunicação eficiente, o domínio das ciências e da linguagem torna-se essencial. Ciências, incluindo física, química, biologia e matemática, são vitais para o desenvolvimento do pensamento crítico, da capacidade de resolver problemas e da compreensão do mundo natural e tecnológico. Por outro lado, a linguagem, abrangendo literatura, gramática e línguas estrangeiras, é crucial para a comunicação efetiva, o entendimento cultural e a capacidade de expressão.
Argumento que a inclusão excessiva de disciplinas focadas em temas identitários, como racismo, colonialismo e identidade de gênero, pode desviar o foco do currículo dos conteúdos essenciais para a formação dos estudantes. Tais disciplinas, embora possam oferecer perspectivas importantes, são carregadas ideologicamente, não contribuindo diretamente para a preparação dos alunos para o mercado de trabalho ou para o desenvolvimento de habilidades fundamentais.
Defensor dessa visão proponho que os recursos atualmente alocados para programas e disciplinas focadas em questões identitárias sejam redirecionados para reforçar o ensino de ciências e linguagem. Isso incluiria a realocação de fundos para o desenvolvimento de laboratórios, bibliotecas e tecnologias educacionais, bem como para a formação e capacitação de professores nestas áreas.
Além disso, essa proposta sugere que as disciplinas baseadas em ciências e linguagem devem compor pelo menos 75% da carga horária curricular, garantindo assim uma sólida base de conhecimento nestas áreas essenciais. A ideia é que, com um enfoque mais direcionado e menos disperso em temas politicamente carregados, os alunos estariam melhor preparados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho moderno, que valoriza altamente as competências técnicas e de comunicação.
Essa perspectiva deve ser defendida por aqueles que valorizam uma educação mais focada em habilidades técnicas e práticas, é importante considerar que a educação, em sua essência, também envolve a formação cidadã e a capacidade de compreender e interagir com uma sociedade diversa e complexa. Assim, qualquer reforma curricular deve buscar um equilíbrio entre o desenvolvimento de habilidades práticas e a promoção de uma compreensão ampla e crítica do mundo. Para isso os 25% restantes devem ser destinados para estas disciplinas.
O currículo escolar brasileiro, como em qualquer sistema educacional, deve ser estruturado de modo a preparar os alunos de forma eficaz e relevante para o mundo em que vivem. Nesse sentido, uma proposta de reforma curricular poderia enfatizar a importância das ciências e da linguagem, disciplinas fundamentais para a formação integral dos estudantes e para sua futura inserção no mercado de trabalho.