Marcos Marinho

Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.

O ‘INHAME’ FOI DE CAMPINA 

Publicado em 29 de setembro de 2022

O Município do Conde, na paradisíaca Costa Sul do litoral paraibano e onde belíssimas praias como Jacumã, Carapibus, Tabatinga, Coqueirinho e Tambaba, dentre outras, servem de refúgio para o lazer de boa parte da população de Campina Grande, promoveu na última semana um festival de brega (Festa do Inhame) que lotou por duas noites a Praça do Sol, imensa área pública construída por Ricardo Coutinho que passou a ser divisor de águas para o ainda incipiente turismo profissional da região.

Por lá estive e fiquei feliz por encontrar vários amigos conterrâneos campinenses. E não somente apreciando os shows, mas principalmente os que participavam no palco e nos bastidores.

Por justiça, homenageio o meu amigo de priscas eras Tejinho (William Ramos Tejo Filho), o “cabeça” do evento (Secretário de Comunicação), que deu moral a nomes da sua terra para ajudá-lo a tornar realidade esse novo grande evento do calendário turístico da Costa do Conde, invertendo – sem causar prejuízos – uma ordem que outrora desprezava Campina Grande e os talentos que ela tem.

Desde a vergonhosa gestão de Tatiana Lundgreen, quando ela contratou a empresa Montreal do meu amigo campinense Eraldo BOA NOITE Vasconcelos para cuidar do lixo e da capinagem da cidade, que tudo que se fazia na prefeitura do Conde tinha que ter gente somente de João Pessoa, de Santa Rita, de Goiana-PE…

Nem a gente lá do Conde tinha vez!

Cobrir a festa de Carnaval só dava TV Arapuan. Rádio quem tinha a primazia era a Correio FM. E correndo por fora os “caça níqueis” notórios do tipo Môfi, Nilvan e Samuka.

Com Tejinho agora, e a orla de Jacumã e adjacências cheia de gente de Campina Grande que atendeu ao chamado da forte mídia que a prefeitura pagou nos diversos veículos de comunicação da Borborema, e sem que se alijasse os sistemas pessoenses, os profissionais de Campina Grande, que cobram menos e fazem muito mais e melhor, deram show a começar pela TV Nordestina do buliçoso Abílio José, que aportou em Jacumã a bordo da sua possante gigantesca moto e ‘vendeu’ o peixe com invulgar qualidade, recebendo elogios Brasil afora.

E Campina Grande, capital do trabalho da Paraíba, mostrou outra vez que TRABALHO com profissionalismo é sua maior e principal marca.

E c’est fini!

LÁ E LÔ 

O senador Veneziano Vital do Rego (MDB), a quem muitos acusam de não saber o significado correto da palavra COERENCIA, literalmente desmontou essa marca cruel na presente campanha onde é candidato a tomar a vaga de mais um dos homens a quem recentemente apunhalou – João Azevedo.

A escolha do slogan “Lá e Lô” para embalar todos os seus apetrechos de campanha é mesmo a cara do senador e, COERENTEMENTE, ao adotá-lo Veneziano desmistifica os acusadores, cravando na marca do pleito (peito também) a sua mais autêntica marca.

Na vida, o filho de Nildinha e Antônio Vital do Rego é isso mesmo, um MAIS OU MENOS sem odor. Aquele que abusa da sorte, dela até aqui tem recebido prêmios, mas sem nunca deixar, enfim , de ser o que é: um “ora aqui, ora acolá”.

Foi “ora acolá” com Ricardo Coutinho, de quem era inimigo e crítico impiedoso, mas passou a ser “ora aqui” quando dele recebeu o mandato de Senador da República. Por pouco tempo, diga-se, porque voltou a ser “ora acolá” quando traiu RC e ficou no PSB admirando os “lindos olhos” de João para poder emplacar a mulher numa secretaria de Estado e aboletar na máquina pública umas cinco dúzias do seu áulico agrupamento doméstico.

Nesse tempo também foi LÁ e LÔ com o presidente nacional do PSB até receber pela força partidária a indicação para ser Vice-Presidente do Senado.

Com José Maranhão, de quem ganhou legenda para ser prefeito de Campina Grande, nunca deixou de exercer o papel “mais ou menos”, até que empurrou a matriarca para a suplência do Senador e, com a morte do mesmo veio a assumir o LÔ de vez, passando a ser presidente do MDB paraibano no papel de “ora acolá” ao chutar os traseiros de João e Siqueira, dirigentes socialistas que lhe deram vez, voz e pés para brilhar no cerrado do País.

Nestas eleições, Veneziano está com Ricardo e Lula, mas já traiu o PT preteritamente, quando ajudando a botar Dilma fora do Palácio do Planalto pela porta dos fundos atuou no “mais ou menos” sem sequer lembrar da existência daquele LULA encurralado em ‘jaula’ da Polícia Federal em Curitiba-PR.

Cá com meus botões, tenho pena de Ricardo e de Lula, hoje os LÔ que voltarão, sem dúvidas, a serem os “LÁ” outra vez de Vené já já.