Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
O BRUNO MADURO QUE EU VÍ…
Publicado em 11 de julho de 2022que
São injustas as reiteradas críticas que alguns confrades dirigem ao prefeito Bruno Cunha Lima por suposto desacerto na coordenação d’O Maior São João do Mundo 2022, notadamente no que diz respeito à decoração da cidade e à grade artística.
Óbvio que Campina Grande carecia de uma decoração mais coloridamente positiva em suas ruas, mas nem isso gerou impedimento para que a festa se superasse em atração de público.
Óbvio que a ausência do trem do forró – sem culpa da PMCG – gerou uma falta enorme para quem já se acostumara a passear por Galante e se esbaldar no autêntico forró pé-de-serra.
Óbvio também que a grade artística, recheada dos Alok’s da vida, deixou a desejar…
Mas…
A festa aconteceu, foi brilhantemente prestigiada pelo público nativo, em especial a turma jovem que gosta mesmo desses Alok’s da vida, e tanto ontem como hoje ou amanhã teremos reclamações muitas da turma mais madura que ama Zé Ramalho, Flávio José, Biliu, Capilé, Assisão, Waldonys, Fagner, Coroné Grilo, e que teima em exigir a mesma fórmula de vinte anos atrás, como se o mundo somente a eles pertencesse.
Não é fácil organizar um evento do porte d’O Maior São João do Mundo!
Eu mesmo não queria estar na pele de Bruno num momento desses… Até porque o tempo a conspirar contra tudo transformou-se em gigante complicador, exigindo contorcionismos indescritíveis do jovem gestor, que finda a festa sendo merecedor de aplausos e parabéns.
E há um outro detalhe a ser registrado, como o próprio Bruno fez questão de realçar ao lado de Bell Marques no seu rápido discurso declarando oficialmente encerrada a festividade deste ano: a segurança, dentro e fora do Parque do Povo, foi impecável nos trinta dias do evento.
E isso é fato!
Pendengas pontuais ocorreram, corriqueiras em evento dessa magnitude, mas nada que tirasse o seu brilho ou amedrontasse o turista a brincar nos espaços que lhe foram disponibilizados.
E aí o gesto mais do que nobre do neto de Ivandro ao fazer questão de destacar esse lado maravilhoso do evento, uma vez que ele sendo adversário do governador João Azevedo, a quem a segurança pública está subordinada, poderia nem ter ‘lembrado’ disso, mas de modo responsavelmente institucional exaltou a qualidade do serviço sem se importar de ferir susceptibilidades de quem quer que seja, principalmente de alguns do seu agrupamento político que se revezavam em passado não muito distante para destilar críticas ao Governo do Estado sempre que o pipoco dos fogos anunciava a grande festa que Campina Grande promove para orgulho do Brasil.
De minha parte, parabenizar Bruno pela maturidade que acaba de conquistar em um ano e meio administrando esse berço querido de todos nós.
E que venha O Maior São João do Mundo de 2023!
O OCASO DA RAPOSA
É vergonhosa a campanha do Campinense Clube no Brasileirão 2022, faltando apenas cinco rodadas para o término da fase de classificação.
Afundado na penúltima posição a um passo de terminar a jornada com a lanterna nas costas, a velha Raposa decepciona em todos os parâmetros, tendo inclusive saldo negativo de 11 gols, pior ainda que o atual lanterna, o Brasil do Rio Grande do Sul, que tem 10 e está prestes a lhe passar a desonrosa posição.
Voltar para a série D, onde permaneceu por uma década, será lucro para um time desajeitado e medíocre, descompromissado com a torcida e falido em todos os conceitos que a palavra pode ter.
Dói publicar isso, mas é a nua e crua realidade do futebol campinense, que outrora orgulhava os conterrâneos.