Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
O BRASIL DO FUTURO IGNORADO NO PRESENTE
Publicado em 9 de fevereiro de 2023A CONAB anunciou ontem (08.02.2023) resultado da safra recorde de grãos de 2022, que cresceu espantosamente 14% em relação a 2021, atingindo o volume de 310 milhões de toneladas. O País se agiganta, brigando com os Estados Unidos, disputando o primeiro lugar no ranking mundial de exportação de grãos. Em entrevista, o presidente da CONAB explicou o conflito de números com o IBGE, que havia anunciado 302 milhões de toneladas em dezembro. Para a CONAB, a safra é entre setembro e março. Erroneamente o IBGE divulga os números de janeiro a dezembro do mesmo ano.
Como ainda temos imensas áreas disponíveis para cultivo ou plantio, solo fértil, pesquisa e tecnologia de ponta – superando a produtividade das demais nações – se a política ideológica não nos atrapalhar, em oito anos alcançaremos a invejável posição de maior celeiro do planeta, bem à frente dos demais produtores de grãos como China (que não é autossuficiente) Estados Unidos e Rússia, exportadores. A produção de soja em 2022 foi de 135,8 milhões de toneladas. Batemos todos, e assumimos o primeiro lugar, ao lado do açúcar, que o Brasil produz hoje 1/3 de todo o cultivo mundial.
Registramos com absoluta convicção que o sucesso deste setor (agronegócio/grãos) responsável em 2022 por 44,9% (média) das exportações mensais do País foi fruto da perseverança e obstinação da inciativa privada, que só teve apoio governamental no seu surgimento – governo do ex-presidente João Figueiredo – “Plante que o João garante”, quando saltamos de 80 para 100 milhões de toneladas. Períodos de Collor/Itamar Franco; Michel Temer e Jair Bolsonaro. Na atual composição do PIB Brasil, 27% vem do agronegócio, posição outrora ocupada pela Indústria.
O Agro sofreu perseguição predatória por oito anos do governo FHC, mais quatorze da era petista. Foram vinte e dois anos consecutivos, totalmente perdidos. Se tivesse mantido o ritmo de crescimento a partir de 1983, hoje estaríamos num patamar de 800 milhões de toneladas ano. Lula e Dilma apoiaram a anarquia do MST, que invadiu, ocupou, depredou áreas nobres, e hoje seus assentamentos são verdadeiros “favelões” rurais, que não produzem absolutamente nada. Exceto o Rio Grande Sul, onde o sistema cooperativista funcionou com sucesso. Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste foi uma verdadeira tragédia.
O novo governo que se instalou, em nenhum momento fez aceno para investir na infraestrutura deste segmento, nem fomentar apoio através do BNDES. Pelo contrário, na campanha, Lula em entrevistas repetiu diversas vezes que o agronegócio era Fascista e Nazista. Ao assumir (01/01/2023) prometeu emprestar 600 milhões de dólares para a Argentina, recursos subsidiados oriundos do BNDES. Imaginem se os 15,8 bilhões de dólares que os governos – Lula/Dilma – emprestaram a Cuba, Venezuela, Nicarágua e outros países ideologicamente alinhados com o PT, com prazo para pagamento em 25 anos, tivessem sido investidos na infraestrutura do Agro, e numa política que evitasse a desindustrialização do Brasil! Estávamos na OCDE.
A Lula, um apelo: mais Brasil, menos PT. Chega de protecionismo a ideologias superadas pelo tempo. Invista em nossos empreendedores e deixe os brasileiros trabalharem.