Novo “abacaxi” no Governo Bruno Cunha Lima: servidores do Apoio das escolas e creches aprovam indicativo de greve para 1º de março
Publicado em 9 de fevereiro de 2023O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (SINTAB) realizou nesta quarta-feira (08) encontro com a categoria do Apoio das escolas e creches de Campina Grande, que é formada por auxiliares de serviços gerais, merendeiras, motoristas escolares, secretárias, vigias e porteiros, entre outros.
Na ocasião, a categoria debateu melhorias nas condições de trabalho, os direitos trabalhistas e foi aprovado por unanimidade indicativo de greve com prazo até o dia 01 de março para a gestão dar uma resposta às demandas.
Em debate estava uma extensa pauta para a gestão solucionar e que foram encaminhadas a direção do SINTAB, como por exemplo a necessidade de dar continuidade à construção do Plano de Cargos (PCCR) para a efetivar a possibilidade de níveis e progressões salariais; o direito ao recesso no meio-do-ano, que será discutido com o Secretário de Educação; o adicional de insalubridade e a gratificação de 5%, que só foi pago uma única vez; o direito à vacinação, restrito no ambiente escolar somente ao magistério (situação essa que o Secretário de Saúde garantiu que seria atendido); e o corte no abono do salário-família de alguns servidores, que, como explicado na Assembleia, pode ter acontecido devido ao reajuste do salário-mínimo.
O espaço da Assembleia serviu para a categoria apresentar suas insatisfações com o tratamento recebido pela gestão, muitas vezes como funcionários de segunda categoria. “Se somos considerados profissionais da educação, também deveríamos gozar dos mesmos direitos”, disse uma servidora.
O presidente do SINTAB, Franklyn Ikaz, lamentou o tratamento de invisibilidade a que estão submetidos pela gestão, reconheceu que a luta vai ser longa e difícil com a categoria e conclamou a união dos servidores nesse momento.
Também foram relatados casos de sobrecarga de trabalho e por isso a necessidade de mais concursos públicos para preencher a demanda reprimida de servidores na área. “As merendeiras muitas vezes precisam de auxiliares na cozinha e ficam à espera do pessoal do apoio vir ajudar”, disse um servidor.
Outra situação que deve ser revista é o horário de saída para as assembleias. Como relatado por uma servidora: “dá 09 horas, os professores saem, mas o Apoio é exigido a presença para servir a merenda dos alunos, a limpeza da cozinha e da escola, esperamos o aluno sair e muitas vezes não temos dinheiro pra pegar um Uber e vir pra assembleia”. A diretora de Assuntos Jurídicos Maria da Paz reconhece que existe o compromisso com a criança e a merenda, mas que após isso não há nenhum impedimento do servidor ir para a Assembleia e fazer valer seu direito. Para mais informações, entre em contato pelo fone (83) 3341-3178 ou através das redes sociais no Facebook e Instagram.
Fonte: Da Redação