No triste fim da ACI carrasco amealhou dois títulos indesejáveis para qualquer homem de boas intenções: assassino e coveiro

Publicado em 6 de março de 2023

O atual presidente da Associação Campinense de Imprensa (ACI), Edson Pereira, acaba de entrar na história paraibana por dois títulos que nenhum associado desejaria ostentar no currículo: o de ser ASSASSINO e, ao mesmo tempo, COVEIRO da entidade.

O tiro fatal ele deu na ACI quando, imaginando-se proprietário da Casa, terceirizou o espaço, cedido por comodato pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a uma empresária local para lá instalar uma “Budega” aberta ao público em geral e sem que a categoria fosse pelo menos ouvida ou consultada. Já a última pá de terra, selando o sepultamento da associação, aconteceu no último dia 24 de fevereiro, mas somente hoje descoberto pelo investigativo jornalista Márcio Rangel, que no seu bem acessado blog estampou hoje (06 de março) a “cova” para que todos os jornalistas campinenses, agora definitivamente despejados da tal sede, pudessem chorar a lamentável perda.

Sem direito a velório, missa de corpo presente nem tampouco missa de sétimo dia, Edson  tripudiou sobre a história da ACI como quem se vinga de algo desumano, manchando para sempre não somente ela, a ACI, mas todos os membros da briosa imprensa de Campina Grande & Região, associados ou não.

No documento formal ao reitor Antonio Fernandes Filho, onde devolve o prédio à UFCG, o matador da ACI informa que o “despejo” às avessas está se dando “para que esta (UFCG) possa realizar as ações inerentes à conservação e manutenção do seu patrmônio” que, diga-se sem arrodeio, foi por ele dilacerado ao retalhar com a dona da BUDEGA irresponsavelmente o que não lhes pertencia.

Há pouco mais de três décadas coube ao humilde jornalista João Pinto dar um teto à então efervescente Associação Campinense de Imprensa (ACI), entidade nômade que presidia, mas que não dispunha sequer de um tamborete para chamar de SEU e, desse modo, também não tinha um recinto digno para reunir os associados.

HISTÓRIA 

Conforme A PALAVRA informou aos seus leitores em mais de uma matéria envolvendo o complexo e lamentável tema, a história da ACI de fato não merecia um epílogo tão cruel.

Importante lembrar que a Associação Campinense de Imprensa não tinha onde reunir seus sócios e coube ao solitário jornalista João Pinto, que a presidia em tempos de vacas magérrimas, ir à luta e, em assim sendo, conseguiu convencer o reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) a ceder à ACI, por comodato, o que restava do abandonado prédio às margens do Açude Velho onde funcionou, por anos, um apêndice cultural da instituição.

A Universidade liberou o espaço por 10 anos, com opção para renovar o comodato por igual período, desde que o prédio fosse restaurado e conservado, exigência que se mostrava como um verdadeiro empecilho, considerando os quase inexistentes recursos da entidade, que se mantinha com minguadas mensalidades, mais das vezes pagas com considerável atraso pelo diminuto quadro de sócios.

Mas o aguerrido João Pinto topou a parada e ao lado de abnegados companheiros, como o saudoso Assis Costa, por exemplo, virou bicho em busca de doações para a empreitada e a primeira porta em que bateu – e que lhe foi abruptamente fechada – foi a Prefeitura Municipal de Campina Grande.

Muitos lembram ainda hoje do seu fenomenal desgosto quando, ao comunicar ao prefeito Cássio Cunha Lima que o prédio estava para desabar e que a ACI recebera a missão de impedir o desastre, rogando-lhe apoio financeiro para tocar a restauração, o jovem alcaide em açodado tom de deboche mandou que ele se virasse: “por mim já era para ter caído”, disse-lhe e deu-lhe as costas.

Mas, nem João desabou por conta do despropósito de Cássio, nem tampouco o prédio da UFCG… E assim a Associação Campinense de Imprensa, com ajuda de empresários locais e dos próprios jornalistas militantes que tiravam dos seus minguados salários a cada mês um ‘troquinho’ para ajudar, finalmente viu a sua sede própria ser inaugurada, para orgulho geral de Campina Grande.  

A João Pinto, que hoje já não tem mais sequer direito a voto na ACI, pois o grupo irresponsável que manda por lá o transformou em sócio benemérito certamente temendo que pudesse anunciar-se candidato a presidente outra vez, a história lhe registra como maior benfeitor da entidade, o homem que lhe deu alicerces e pilares de sustentação – que lhe deu VIDA!

No contraponto da história e infelizmente, coube agora ao truculento e despreparado jornalista Edson Pereira, assinar o seu atestado de óbito e tirar-lhe a VIDA!

A morte anunciada desse farrapo em que transformaram a pujante ACI teve datas aprazadas para seu infausto sepultamento – 31 de janeiro ou 15 de fevereiro de 2023.

Verifica-se aí uma abissal diferença entre quem deu vida à ACI e quem a está sepultando.

Pinto é sóbrio e humilde, operoso e trabalhador, olha para o grupo e não para o umbigo, e seu comprovado dinamismo já o levou a presidir a entidade máxima do jornalismo estadual (Associação Paraibana de Imprensa – API) por cinco vezes, feito até aqui inédito.

Quanto a Pereira, não passa de um pobre e infeliz ser que se vale dos microfones e de um pequeno blog na internet para assacar pessoas e confrades e onde consegue evidenciar todo o seu esnobismo, julgando-se o maior e melhor jornalista do Nordeste brasileiro. Contumaz no modo de se portar violento, já foi capaz de emparedar vereadores no plenário da Casa Félix Araújo, embora em menos de 24 horas acovardado obrigou-se a pedir desculpas a quem detratara.

Nessa história da BUDEGA RAINHA, é óbvio que Edson traiu a classe e não tem mais estrutura, nem ética e nem moral, para continuar presidindo a ACI. Deve imediatamente ser posto para fora e pela porta dos fundos, aquela que dava para o Açude Velho e que foi fechada pela tal BUDEGA para aumentar o lucro do negócio.

Importante também lembrar que a ACI hoje nem de longe lembra a associação de outrora, com mais de 300 associados. Edson Pereira, por exemplo, foi eleito em 2021 em chapa única com apenas 67 votos dos 90 sócios aptos. E o mais interessante, a mostrar o tamanho da fragilidade da ACI hoje, é que dos 67 votos obtidos pela atual diretoria nada menos que 28 deles foram de pessoas que compõem a chapa.

Fonte: Da Redação