Júnior Gurgel
Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.
NO ABRAÇO DA DEMOCRACIA A IMAGEM DO QUE RESTOU DO PT
Publicado em 9 de janeiro de 2025Um velho adágio popular adverte: “nada está tão ruim, que não possa piorar”.
Assistimos ontem cenas na TV que atestam a inevitável extinção do PT e a derrocada da popularidade do seu fundador e único líder, Luís Inácio Lula da Silva.
As câmeras exibiram uma solenidade iniciada no Palácio do Planalto, e encerrada no centro da Praça dos Três Poderes – por volta de 12:40 – prestigiada por um número de pessoas – estimado pelo Portal de Notícias “Poder 360” – em cerca de 1.200. Público inferior a comício de um candidato a vereador numa cidade com 20 mil eleitores. Vexame sem precedente para Lula. Momento amargo, que jamais imaginara acontecer: ostracismo.
O tempo passou e ele não aceita ter ficado no passado, de um mundo analógico, sem nenhuma serventia no despertar da Inteligência Artificial. Proferiu um discurso dentro do Palácio do Planalto para 400 “convocados”. Os comandantes militares, o presidente do TCU e cinco governadores do PT/esquerdas.
Ausentes, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o seu sucessor David Alcolumbre; presidente da Câmara Arthur Lira e seu sucessor Hugo Mota. Até o presidente do STF, seu aliado Luís Roberto Barroso, se esquivou de endossar uma farsa, cujo propósito era criar uma malfadada fábula sobre uma tentativa de golpe de Estado que nunca existiu. No início de seu pronunciamento usou o improviso, confuso, deixando escapar a verdade: “um bando de baderneiros idiotas quebraram o Palácio, imaginando que derrubariam um governo eleito…” Em tempo: votos captados pelas urnas eletrônicas, que não foram recontados.
O relógio quebrado, recuperado na Suíça, cravou a hora da invasão: 15:30. A multidão ainda não tinha chegado à Esplanada dos Ministérios quando o general G. Dias – serviu Lula nas gestões I e II – o primeiro Militar nomeado para o GSI no Lula III, abriu as portas do Palácio para o grupo ANTIFA iniciar a depredação. Por que a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes ainda não prenderam este general?
É o único que sabe quem é o verdadeiro autor do verdadeiro “golpe” contra a Democracia Brasileira, a única no mundo que tem presos políticos, exilados, condenados por exercerem seus direitos constitucionais usando a liberdade de manifestação, expressão e opinião. Como se derruba um governo com uma marcha pacífica, composta por crianças, adultos, jovens, idosos empunhando bandeiras do Brasil, terços e Bíblias, entoando Louvores e o hino Nacional?
Um dia tudo será revelado, como destacou o líder do PL no Senado Rogério Marinho, que continua indagando os motivos que levaram o hoje ministro do STF Flávio Dino, a confessar que as imagens gravadas pelas câmeras do Ministério da Justiça – local onde ele estava e assistiu tudo – tinham desaparecido ou foram apagadas. O “sortudo” Dino, com estas imagens em seu poder, conquistou uma vaga vitalícia na Suprema Corte.
A base aliada presente – ministros de diversos partidos – foi surpreendida no discurso de abertura do evento, pronunciado por Janja da Silva (?). Além de não ter nenhum cargo ou função no governo, exortou o PT. Aqueles que já tinham sido vítimas da “Carta pela Democracia”, pressentiram que era mais uma casca de banana. Não desceram a rampa ao lado de Lula, para abraçar a “Democracia” do PT.
Descendo a rampa, Lula foi até o centro da praça, onde estava a palavra “DEMOCRACIA” formada em letras com pétalas de flores. Figurando como pano de fundo, apenas uma bandeira do PT. Faltaram a CUT, MST; PSOL; PCdoB; LGBTQIA+; Sindicatos; professores; Servidores Públicos; UNE; UBES; da classe artística – que já levou mais de 20 bilhões de reais da Lei Rouanet – apenas a ministra Margareth Menezes. Nas imagens que assistimos, também não vimos membros dos “Movimentos Sociais”, como índios, afrodescendentes, CUFA e ONGs, ausência absoluta de jovens. Nem dentro, ou fora do Palácio. Os presentes na Praça dos Três Poderes era a velha guarda petista. Um grupo de idosos – semelhantes aos “Abre Alas” que desfilam nas Escolas de Samba do Rio – na Marquês do Sapucaí. Saudosistas septuagenários.