Ney homenageado em João Pessoa, acende luz de que continuará na vida pública

Publicado em 8 de novembro de 2024

Na tradicional festa promovida pelo jornalista Abelardo Jurema Filho (Abelardinho) homenageando com o Troféu Heitor Falcão as personalidades que mais se destacaram no ano, o suplente de Senador Ney Suassuna foi um dos agraciados ontem (07/11/2024), na sua 25ª edição, ao lado de sua amiga desembargadora Agamenilde Dias, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

Abelardo Jurema Filho, ao conferir a justa homenagem prestada a Ney Suassuna, destacou as recentes conquistas do paraibano, pondo o Estado em evidência, ao assumir a presidência da Academia de Belas Artes do Brasil, em seguida uma das cadeiras na Academia de Letras do Rio de Janeiro. São valores intelectuais desconhecidos pelos paraibanos do homem (ser) Ney Suassuna. Educador, professor, autor de 43 livros, que também transita com desenvoltura entre a literatura, pintura e poesia. Contudo, no seu Estado natal Ney é distinguido como homem (função), por sua exitosa trajetória na vida pública, movido pelo determinismo e ousadia, capitaneando mudanças profundas na tradicional classe política, revelando valores latentes, renovando seus quadros políticos, abrindo espaços para novas lideranças desde 1990.

Como suplente, elegeu seu primo e amigo Antônio Mariz, Senador da República. Restava o segundo turno da campanha, alcançado por Ronaldo Cunha Lima, graças a terceira candidatura encabeçada por João Agripino Neto. A pedido de Mariz, Humberto Lucena, e convencido pelo saudoso Josué Silvestre – porta voz de Ronaldo – Ney disponibilizou “estrutura” para o poeta vencer Wilson Braga. Até o atual prefeito de João Pessoa, construtor Cícero Lucena, pegou carona, elegendo-se vice e assumindo o governo (1994). Abdicou de sua atividade empresarial, e tornou-se político.

Eminência parda, atuando nos bastidores, Ney realizou o sonho de Mariz (governador em 1994). Assumiu a titularidade no Senado Federal. Talvez tenha sido o maior desafio de sua vida. Derrotar a imbatível Lucia Braga e ainda eleger dois senadores do mesmo partido: Ronaldo, e reconduzir Humberto Lucena.

Encontramos o Senador Ney Suassuna antes do evento que o homenageou ontem, e tivemos uma longa conversa. Aprendemos com o tempo interpretar a linguagem do mundo político, e seus protagonistas. A palavra “não” é manifestada como instinto de defesa. Na verdade, esconde um “sim”. Perguntamos a Ney se ele seria candidato em 2026. O “não” foi pronunciado de forma automática. “Ainda está filiado a alguma legenda? Sim, ao Republicanos”. Quem deixa a vida pública, a primeira providência é desfiliar-se do partido. Como primeiro suplente de Veneziano Vital do Rêgo, Ney aguarda uma licença do titular para assumir quatro meses. Acordo não verbalizado publicamente por ambos, mas, de conhecimento no mundo político. Efraim cedeu recentemente quatro meses a André Amaral.

Ney tem sido o “talismã” dos irmãos Vital do Rêgo Filho e Veneziano Vital do Rêgo. Elegeu Veneziano prefeito de Campina Grande, derrotando o Clã Cunha Lima (2004). Em 2006, Vital Filho foi o deputado federal campeão de votos no Estado, alicerçando sua campanha para o senado em 2010. Como senador, conquistou uma vaga vitalícia no TCU. Veneziano disputando o senado, em 19/09/2018, trocou de suplente. Ney veio e consolidou sua vitória. Hoje é vice-presidente da Casa Revisora do Congresso Nacional. Em time que está ganhando, não se mexe. Veneziano irá prestigiar Ney, se licenciando para mantê-lo em sua retaguarda? Nas entrelinhas, percebemos que Ney não deixará a vida pública. Está sendo sondado… Muitos o querem ao seu lado.

Fonte: Da Redação (Por Júnior Gurgel)