Valberto José

Jornalista, habilitado pelo curso de Comunicação Social da Universidade Regional do Nordeste (URNE), hoje UEPB. Colunista esportivo da Gazeta do Sertão e d’A Palavra, passou pelo Diário da Borborema e Jornal da Paraíba; foi comerciante do setor de carnes, fazendo uma pausa de 18 anos no jornalismo.

Nem o primeiro neto me devolveu esse prazer 

Publicado em 6 de junho de 2022

Certo aforismo aponta que “o homem só aprende a ser filho quando vira pai e só aprende a ser pai quando se torna avô”. Concordo, mesmo ressalvando que, graças ao bom Deus, nasci com a sabedoria filial de respeito, obediência e dedicação aos meus pais.

Dona Cleonice está aí, na plenitude de seus 82 anos, para atestar essa virtude natural que carrego dentro de mim. Provocado, jogo às favas a humildade que me caracteriza e não me esquivo em me enaltecer na relação que mantive e mantenho com meus genitores, embora o exemplo fale por si.

Acabo de estrear no Clube do Vovô com a chegada de Miguel, que veio ao mundo no dia 26 de maio, por meio da tranquila gestação de minha filha Morgana e de um parto normal. Peço a Deus tão somente que me envie o Espírito Santo e que eu tenha a sabedoria necessária de exercer plenamente a avosidade, respeitando a educação a ser dispensada pelo pai e pela mãe.

Um dia, estarrecido, ouvi de uma pessoa que o “parto é uma aberração da natureza”. Fiquei tão chocado que não reuni forças à uma pronta reação, pois sempre entendi o nascimento de uma criança ou qualquer ser vivente como uma bênção divina, uma maravilha da criação.

A chegada do meu neto foi tão divina, que um dia após minha filha dar à luz, a Liturgia Diária nos levava a meditar sobre esse momento tão especial. “A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora; mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo”.

Nem bem chegou da maternidade, o neto já foi bagunçando com o avô debutante. Fui malhar e deixei a avó nos cuidados domésticos, esperando o comunicado de alta de mãe e filho, pois assim que eles chegassem, ela iria mudar de casa para cuidar dos dois.

Na academia, sequer terminei o aquecimento, o celular toca. Era a avó, implorando que eu voltasse imediatamente, pois o neto já estava no seu berço caseiro. Parei com os exercícios na hora e fui levá-la na residência da filha.

A chegada de Miguel me devolveu parte do sorriso perdido com a páscoa de Glauber, em janeiro. Três dias depois de seu nascimento, fui ao almoço dominical na casa de minha mãe e todos fizeram questão de destacar a minha alegria incontida, estampada no rosto, após a estreia no Clube do Vovô.

O passamento filial me levou a perder também o prazer etílico. Desde que nosso trio foi desfeito que não bebo dose nenhuma, pois acho que o sentido da bebida está na alegria, na comemoração. Nem o nascimento do primeiro neto me devolveu esse prazer; sequer uma dose de cachaça, a bebida preferida, me animei a tomar. Nem mesmo o “xixi” de Miguel.

TEMPO DE DEUS… 

O nascimento de meu neto estava previsto para a primeira semana de junho, o menino nasceu na última semana de maio. O início das obras de duplicação da BR 230 Campina Grande/Praça do Meio do Mundo estava marcado para o mês que findou, junho chegou e a obra não foi iniciada.

…TEMPO DOS HOMENS 

O mês começou com o anúncio da assinatura de mais uma ordem de serviço pelo Ministério da Infraestrutura. Acredito que esta foi para os parlamentares saírem bem na foto, uma vez que em 11 de maio uma outra fora assinada e noticiada com alarde.

EXTREMA NECESSIDADE 

A duplicação da rodovia na área urbana de Campina Grande é de extrema necessidade e o alto índice de acidente exige a rapidez da execução dos serviços. Então, que seja iniciada e executada de um fôlego só, o que é difícil, em se tratando de uma obra pública. Todo seguimento de Campina Grande deve fiscalizar e cobrar a agilidade dos serviços.

É JUSTO 

No Treze, Olavo Rodrigues renuncia à presidência e Artur Almeida (Bolinha) assume. Pensando bem, pela campanha que o time realizou no Certame Estadual deste ano, faz jus o clube ter um presidente com o apelido de Bolinha.

SUPRESSÃO ALVINEGRA 

Empresário de destaque, Bolinha quer, inicialmente, organizar o clube para depois pensar nos resultados dentro de campo. Vai ter que todo dia suprimir a primeira letra do nome Treze. E foi isso que ele fez um dia após assumir o alvinegro, participando da missa dominical na igreja do Aluísio Campos, celebrada pelo querido padre Rodolfo Lucena.