
Emir Gurjão
Pós graduado em Engenharia Nuclear; ex-professor da Universidade Federal de Campina Grande; Secretário de Ciências, Tecnologia e inovação de Campina Grande; ex-secretário adjunto da Representação do Governo da Paraíba, em Campina Grande; ex-conselheiro de Educação do Estado da Paraíba.
“Não Trepa, Mas Chupa”:
Publicado em 17 de fevereiro de 2025A frase “Não trepa, mas chupo” nasceu de uma situação inusitada contada na Praça da Bandeira, em Campina Grande, no café Aurora que é um ponto de encontro e central de fofocas, fala-se desde o Presidente Trump, Janja , do ex-vereador Buchada e de tantos outros . Segundo a história que contou Toinho da Volta. Em um domingo chuvoso, uma senhora tentou colher as jabuticabas diretamente em uma árvore que havia comprado, coisa tradicional na localidade chamada de Doze em Campina Grande, mas a chuva tornava os galhos escorregadios e dificultava a escalada. Em vez de se arriscar a trepar, ela optou por aguardar as frutas caírem e aproveitá-las diretamente.
Toinho da Volta contou que uma mulher tentava subir em uma arvore da fruta jabuticaba – chamada de jabuticabeira- para colher os fruto, mas como estava escorregadio ela não conseguia subir no popular trepar na arvore, mas, conseguia chupar os frutos que caiam no chão, vendo aquela situação Toinho da Volta perguntou “Não consegue trepar” e segundo Toinho a mulher respondeu “mais Chupo. A expressão, embora de origem curiosa e com um toque de humor popular, pode ser entendida como uma metáfora para aqueles que, diante de dificuldades, optam por métodos alternativos para atingir seus objetivos. Não significa necessariamente a substituição de uma ação por outra, mas sim a ideia de que há mais de uma forma de se chegar a um resultado.
Imagine que você precisa resolver um problema no trabalho e a solução tradicional parece complicada ou arriscada. Assim como a senhora que, em vez de escalar a árvore, esperou que a fruta caísse, você pode buscar uma alternativa que seja menos convencional, mas que te permita alcançar o mesmo objetivo. Em outras palavras, é a arte de saber quando insistir no método tradicional ou quando usar a criatividade para simplificar uma situação.
No ambiente descontraído do café Aurora, a expressão ganhou vida não só pelo ocorrido inusitado, mas também pelo humor e irreverência típicos dos encontros informais. Frases como essa mostram como o cotidiano pode ser fonte de inspiração para a criação de expressões que, mesmo carregadas de duplo sentido, ajudam a tornar as conversas mais leves e divertidas.
A história por trás de “Não trepa, mas chupo” ilustra bem como a criatividade popular transforma experiências simples em ditados que vão além da literalidade. Em um mundo onde muitas vezes seguimos rotinas e métodos tradicionais, essa expressão nos lembra que, às vezes, a flexibilidade e a adaptação podem ser mais eficientes e seguras. É um convite para repensarmos as abordagens em diferentes contextos do nosso dia a dia – seja na vida pessoal, no trabalho ou até mesmo em debates mais amplos sobre métodos e resultados.
“Não trepa, mas chupo” é mais do que uma simples frase de bar; é uma metáfora para a busca de alternativas inteligentes quando os métodos convencionais falham. Ela nos encoraja a olhar para as situações com um olhar criativo e a valorizar soluções que, embora não sejam as tradicionais, podem ser igualmente eficazes. Afinal, às vezes o caminho menos óbvio é o que nos leva ao sucesso de forma mais segura e prática.
Escrito por Emir candeia Gurjão ,as 08:01 horas do dia 17 de fevereiro de 2025,
faltando 3 dias para completar 70 anos de idade e também frequentador do café Aurora.