Marcos Marinho

Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.

UM HOMEM SEM TALVEZ…

Publicado em 17 de março de 2025

…SEM NENHUM TALVEZ

– Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena;
-Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei;
– Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado;
– Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão;
– Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva;
– Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima;
– Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção;
– Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por esse gesto;
– Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança;
– Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros. Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho;
– Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos;
– Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar;
– Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música. Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos;
– Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração;
– Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente;
– Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma;
– Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo;
– Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas;
– Talvez a vontade de abandonar tudo se torne a minha companheira. Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo;
– Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem sou;
– Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor;
– E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”;
– Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

(Aristóteles Onassis)

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