NA PARAÍBA: DISPUTA SÓ PARA O SENADO
Publicado em 8 de março de 2022Já são cinco candidatos ao Senado da República, quatro travando uma batalha renhida – não pelo voto – mas, para obterem o apoio do governador João Azevedo.
O PP traz Aguinaldo Ribeiro com apoios importantes, uma senadora, o vice-prefeito de Campina Grande; o prefeito de João Pessoa… Para fortalecer sua escolha.
No PR, Efraim Filho vem com o endosso de parlamentares do REPUBLICANOS, muito embora a Executiva Nacional da Legenda tenha se pronunciado contrária a qualquer processo de “Federação” (?).
O ex-governador Ricardo Coutinho é o postulante do PT, que manobra uma união das esquerdas, trazendo o PSB, futuro partido do governador João Azevedo. Ontem, Romero Rodrigues ex-prefeito de Campina Grande, lançou Bruno Roberto, filho do deputado federal Wellington Roberto, como seu candidato. Todavia, não explicou como se processará esta composição, já que o PSD quer ficar com as esquerdas, se possível no primeiro turno.
Por último surge um outsider: Sérgio Queiroz. Realiza um brilhante trabalho social com visibilidade da população pessoense. Identifica-se com o “Bolsonarismo”.
E Marcelo Queiroga? O presidente enfatizou que quer sua presença na legislatura a se instalar em 2023. Alguém sabe que cargo disputará?
Desafiando as leis da física (gravidade) pré-candidatos ao Senado – exceto Sérgio Queiroz – estão começando a edificar suas botoeiras pelas vigas do teto, esquecendo que quem as sustentará serão os alicerceis fincados no chão e encravados na rocha (povo).
Já perguntaram ao povo que tipo de Senador eles pretendem eleger? Seria conveniente os postulantes observarem as redes sociais, e enxergarem antes se enquadram-se no perfil do usuário eleitor. A maioria quer renovar todo o Senado, com novos nomes e compromissos para defenestrarem os superpoderes do STF.
Após o período dos governos militares, na arena da “nova democracia” já “sangraram” Presidentes da República (dois impeachments), Presidentes da Câmara dos Deputados (Ibsen Pinheiro e Eduardo Cunha); Senador da República (Delcídio Amaral); Ministros de Estrado (Paulo Bernardo); dois ex-presidentes (Lula e Temer). Só está imune o STF? Por medo ou covardia da maioria dos atuais senadores? O atual presidente do Senado responde mais de 20 processos. O povo se rebelará através das unas para cobrar transparência e castigo para corruptos e perdulários. Não admitem mais um poder ditatorial que legisle, impeça e imponha regras – contra a maioria da população – investidos de tirania arrogante, sem respaldo do voto popular. O mais agravante: direitos e privilégios vitalícios. Absurdo! Isto é uma Monarquia Absolutista, se sobrepondo e asfixiando uma democracia, em pleno século XXI.
No plano nacional, Lula já admite não disputar. Quer unir as esquerdas. Está alegando saúde física e pouca energia – aos 75 anos – para disputar uma “maratona”. Saída para que o povo esqueça a maior roubalheira da história praticada por uma quadrilha durante 14 anos, acobertada pelas Cortes Superiores de Justiça.
Na Paraíba, João Azevedo continua navegando em “mar de Almirante”. A “meteorologia” não prevê tempestades. Mas, sinaliza “denso nevoeiro” até 31 de maio, quando se encerrará oficialmente o prazo para formalização das “Federações”. Tem que ter cautela manobrando o “timão”, para evitar colidir com icebergs, ou outras naus em sua rota. Debruçar-se sobre a história, e perceber que a terra dos Tabajaras sempre teve uma maioria centro/conservadora, um pouco à direita. Afinal é o Estado tradicionalmente comandado por Oligarquias.
Seu antecessor (Ricardo Coutinho) só tinha de “esquerda” o discurso doutrinado na juventude, e em Brasília, para bajular Lula, Dilma e a grande quadrilha. As bases que o elegeram e reelegeram, sempre foram de direita conservadora. Os votos de Anastácio, Anísio Maia; Cida e Luís Couto, foram insuficientes em 2020, para levá-lo ao segundo turno no pleito municipal da Capital. A esta altura, para chegar ao Senado será capaz de beijar os pés de João Azevedo. Já fez com Cássio e Maranhão, porque não repetir o gesto com João?