Na mira do STF para perder o mandato por apoio à tentativa de golpe o violento deputado Virgulino agora se declara um manso gatinho

Publicado em 12 de janeiro de 2023

O deputado estadual paraibano, reeleito, Walber Virgolino (PL), poderá ser preso a qualquer momento e ainda ter cassado o seu diploma e não mais voltar à Assembleia Legislativa, por conta do ostensivo apoio aos atos terroristas praticados em Brasília no último domingo.

Ontem ele foi destaque em matéria do GloboNews, ao lado de outros parlamentares brasileiros que estão na mira do STF.

Pelas redes sociais Walber foi um dos mais ativos apoiadores da tentativa de golpe, embora em uma das postagens tenha negado o seu conhecido e deplorável lado apreciador da violência, marca registrada inclusive da sua ação parlamentar onde não deixa sequer de ameaçar colegas que a ele se contrapõem nos debates em plenário.

– “Sou totalmente contra a violência, quer seja por parte do povo e quer seja por parte do Estado. Violência só gera violência”, postou para fazer um patético e inusitado apelo ao Planalto: “Chegou o momento do Governo do PT refletir sobre falas ameaçadoras de seus ministros”.

Analisando o caso, o consagrado comentarista político Nonato Guedes realça que em uma dessas postagens, por exemplo, Walber Virgolino bradou “O povo pelo povo em sua fúria incontrolável” para enfatizar uma coleção de vídeos sobre a invasão ao Congresso Nacional e que apesar de declarar na publicação ser contrário à violência, destacou na legenda que “hoje ficou demonstrado que ninguém é invencível, intransponível e inquebrantável, nem mesmo o sistema”.

À ótica do comentarista, não deixa de ser uma postura curiosa, pela contradição que encerra. “O parlamentar ataca o Legislativo, do qual faz parte na Paraíba, o que já havia sido feito, em entrevistas a emissoras de rádio, pelo deputado federal eleito Cabo Gilberto. Essa contradição foi notada, também, nas dúvidas levantadas sobre a segurança das urnas eletrônicas e a validade do sistema eleitoral brasileiro, pelo qual esses políticos concorreram e foram eleitos. Em última análise, eles estavam questionando as próprias eleições que conquistaram, num cenário absolutamente surrealista somente possível na remanescente Era bolsonarista, que ainda deixou sequelas fortes na malta de apoiadores e seguidores fanáticos do ex-presidente fujão”.

Fonte: Da Redação