Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

MILAGRE SÚBITO

Publicado em 6 de junho de 2023

Ontem à noite, em nota de rodapé, a mídia internacional – Europa – divulgou decisão do Parlamento Europeu, reunido com uma comitiva de Parlamentares Brasileiros (Bruxelas) indagando do governo brasileiro quais as exigências para assinar urgentemente o acordo do bloco com o Mercosul (?) Inacreditável!

Jornalistas da área econômica e profundo conhecedores da geopolítica não souberam explicar os motivos que levaram a complicada União Europeia mudar radicalmente seu conceito com relação ao acordo Brasil/Mercosul. Sabia-se que o principal obstáculo era a França – explora uma agropecuária caríssima – subsidiada pelo governo, sem preços para competir com o Agro Brasileiro.

Outras exigências se vinculam à preservação da região Amazônica – fora de seu biombo – rica em minérios e terras férteis, ocupada por mais de 11 mil ONG. O objetivo é explorar e continuar pesquisando a nossa rica biodiversidade, nos roubando através do contrabando. Não estamos nos referindo apenas ao ouro, às pedras preciosas e ao grafeno. Mas, plantas medicinais, usadas em pesquisas avançadas, que trazem a possibilidade da cura do Alzheimer, como já denunciou dezenas de vezes o ex-ministro de Lula/Dilma Aldo Rebelo – deputado federal por 24 anos – Chefe da Casa Civil; Ministro da Defesa e presidente da Câmara dos Deputados, que aprovou o Código Florestal 

Aldo Rebelo, que conhece como a palma de sua mão a região, alerta para os eternos conflitos econômicos de interesses internacionais, que utilizam a retorica do “Meio Ambiente” para frear a capacidade do Brasil de se tornar maior exportador das mais diversas commodities do planeta. Sem rodeios afirma que o propósito é frear o País. Rebelo foi um dos sobreviventes da guerrilha do Araguaia, o maior líder do PCdoB até 2014, e hoje as esquerdas o acusam de defender o Agronegócio e os militares.

Foram pegos de surpresa o Itamaraty, o guru de Lula Celso Amorim e o próprio presidente, que há três dias em seu discurso/desabafo no ABC Paulista verbalizou que não havia mais interesse em dar continuidade ao acordo União Europeia/Mercosul.

Como nada acontece por acaso, só os tolos assim pensam (Karl Max), a vitória de Arthur Lira com a aprovação do Marco Temporal talvez seja a razão de toda esta reviravolta. As terras Ianomâmis e a decisão do STF sobre a reserva da Raposa do Sol, riquíssimas em minérios ainda desconhecidos, deixarão de existir, e seus marcos voltarão ao distante 05/09/1988, quando foi promulgada a Constituição Cidadã.

A reserva Ianomâmi é maior que o Estado de Santa Catarina. É mais rica em minérios, solo que qualquer outro Estado Brasileiro. Todo ouro que sai de lá não deixa um centavo no Brasil. Centenas de garimpos ilegais brasileiros – sem se levar em conta a exploração estrangeira – poderão iniciar sua luta pela legalização. Até o petróleo da Bacia Equatorial será explorado, com ou não a concordância de Marina Silva, embaixadora dos interesses internacionais, líder defensora das ONG que ainda se apoderam do nosso território.

A causa do petróleo tem unido esquerdas e direita. Que ganhe o Brasil, com investimentos bilionários e retomada de seu desenvolvimento.