

Marcos Marinho
Jornalista, radialista, fundador do ‘Jornal da Paraíba’, ‘Gazeta do Sertão’ e ‘A Palavra’, exerceu a profissão em São Paulo e Brasília; Na Câmara Federal Chefiou o Gabinete de Raymundo Asfóra e em Campina Grande já exerceu o mandato de Vereador.
Me mataram “por vingança”
Publicado em 2 de abril de 2024Voltando do feriadão da Páscoa em Carapibus, e antes de chegar em Campina Grande ontem à tardinha, fui avisado via redes sociais de que havia morrido!
Isso mesmo, morte matada. E por vingança!
Quase acreditei, pode crer o meu prezadíssimo e fiel leitor…
Pelo ZAP, o encarregado do aviso ainda foi mais do que petulante e atrevido, mostrando obviamente que era de todo seu o interesse do meu sumiço eterno.
– “Porra, num era tu não?”, irritou-se ao certificar-se de que a minha voz no áudio do ZAP não vinha do além, mas da BR 230 mesmo.
Somente minutos depois, quando botei o carro na garage da casa de Campina e liguei o computador para ‘antenar-me’, pude avaliar e entender o tamanho da desgraça.
Dirão ter sido a tal “pegadinha” tão em moda nesses tempos mais modernos, principalmente em dia como esse de Primeiro de Abril – o da Mentira.
O desocupado “confrade” (sic!?), seboso cuspidor de microfones aqui da Borborema mesmo, pelo menos deu-se à “dignidade” – algo raro em se tratando dessa crescente leva de cuspidores – de não esconder a identidade e, certamente que sim, por acreditar que o tal desse MM que vos escreve já jazia em pedra fria.
E cest’fini.
Fui verificar a notícia, que me chegara também por link, e vi que meu ilustre xará defunto morava em Feira de Santana, na Bahia, onde era próspero empresário, ‘bon vivant’ e conquistador de belas mulheres, terra onde deram fim à sua vida de playboy milionário.
Para aliviar a prematura dor de alguns familiares, os repassei o link e o fiz também para meia dúzia de amigos e grupos de ZAP aqui da terrinha, de sorte a que todos pudessem ver que a morte vingativa alcançara um homônimo, e não a mim, graças a Deus.
O Marcos Marinho da Bahia, à exceção de gostar e apreciar com muito bom gosto o gênero feminino regional, diferia em tudo deste Marcos Marinho escriba velho – de bolso pequeno – da terra de Biliu e Coroné Grilo.
Lá, o assassinato do Marcos Marinho baiano pode estar relacionado a outros dois crimes que aconteceram na cidade de Ipirá, no interior da Bahia. O primeiro crime aconteceu em julho do ano passado, quando o ex-motorista de Marcos, Lourival Pereira Leite, 33 anos, foi morto a tiros em um ataque. Lourival foi morto com diversos disparos, assim como Marcos.
O segundo crime aconteceu no dia 19 de fevereiro deste ano, também em Ipirá. Três homens armados desceram de um carro e atiraram na casa onde ele morava. Uma câmera registrou o ataque e é possível ver o momento que o veículo derruba o portão para que os criminosos consigam entrar na casa. Tudo ficou destruído.
Moradores da cidade afirmaram que os crimes têm ligação. “Pessoas ligadas às vítimas informaram que tudo isso foi por causa de vingança, por causa de uma traição, mas é uma linha de investigação. Mas tem também outras linhas, por questões econômicas”, disse o delegado de Ipirá, Márcio de Azevedo, em entrevista na época à TV Record.
Meu guru Kennedy Sales chegou a publicar a matéria, transcrita de um portal baiano e onde letras garrafais avisavam que MARCOS MARINHO fora assassinado por vingança, gerando ainda maior burburinho (seria comoção????) entre a maioria desavisada que só lê as manchetes e nunca o teor das publicações.
E o baixinho Josué Cardoso, do alto da sua noviça indumentária capilar e reconhecida irreverência, me fez rir também pelo ZAP.
– “Ronaldinho tentou de novo, foi?”, atiçou.
Ufa. Felizmente, hoje já é dois de abril !!!