Marcos Marinho: “Tenho DEUS em meu caminho!

Publicado em 3 de maio de 2024

Dessa nova safra de jornalistas que hoje comanda os principais programas radiofônicos e televisivos de Campina Grande, maioria titulares dos seus próprios espaços na internet (podcast’s, blogs e/ou portais), peneirando direitinho dá pra gente salvar no número de dedos de uma mão, se muito, o que sem dúvidas é pra se lamentar.

Confesso que gostaria de ver toda essa turma que se graduou na universidade dando show, principalmente no campo da ética, da empatia e, não sendo desejar demais, no simplório campo da humildade.

Mal a eles nada disso faria!

Felizmente, a vida nos ensina que a gente deve respeitar o “mundo” de cada um. Nossos universos jamais serão os mesmos e, sabe-se há séculos, nem Deus foi absorvido ao agrado de todos.

Esse breve preâmbulo até se faria desnecessário nesse rápido texto não fosse a obrigação ética que mora em meu ser de dar satisfações, sempre, dos meus atos incluídos os que, à ótica de terceiros eventualmente incomodados, tenham sido falhos, pecaminosos, caluniadores ou algo mais que aparente similitudes desconexas do real.

Matéria ontem publicada neste portal, elaborada obedecendo aos parâmetros dos melhores manuais de redação do País, “redondinha” como se diz aqui no linguajar ‘DE NÓIS’, pois nela presente a opinião da maioria das partes envolvidas, tirou a noite de sono de um jovem que aprendi a admirar e que certamente permanece nessa conta dos cinco já passados pelo filtro do raro bom jornalismo hoje praticado na Rainha da Borborema.

Importante ressaltar que a matéria fora objeto de extensa pauta, iniciada há 10 dias, mas somente ontem consolidada após o fato novo e importante do “gancho” que outro texto, captado no ‘Blog Max Silva’, pertencente ao bravo profissional que lhe empresta o nome, ter revelado o que a redação d’APALAVRA ainda investigava: o encontro entre o ex-Senador Cássio Cunha Lima e o deputado federal Romero Rodrigues, com o fim de supostamente ajustarem planos sobre a próxima eleição municipal em Campina Grande.

Aprendi nessa longa caminhada profissional, ensinei e ainda ensino a quem comigo trabalha, que não devemos guardar notícia. O “furo” da concorrência é ligeiro e sempre vai doer demais, expondo a nossa incompetência e preguiça…

– “Tá vendo aí, Painho, tu num diz pra gente nunca guardar as notícias, né? Já visse o blog de Max Silva hoje? Ele furou a gente!!!”, lastimou-se com carradas de razão o rebento que atua na redação, mesmo eu lembrando-lhe que passara a semana acamado por conta da virose braba que queria me mandar para o plano superior.

De fato eu avocara para mim a consolidação da pauta, por óbvias razões, uma delas senão a mais importante, mas a principal: o fato de que um dos personagens continua sendo ainda hoje a pessoa que mais me odeia na face da terra, que espuma pelas narinas quando me vê, me persegue noite e dia, reza pela minha alma ao demo, acredito que a cada instante, e a matéria precisaria, sim, estar cercada de especiais cuidados.

Triste pelo FURO, compensei-me com a alegria do FATO NOVO que me trouxera Max e tranquilizei a turma da redação avisando-lhes que nosso trabalho estava incólume e agora definitivamente consolidado com a involuntária colaboração do menino da rádio de Damião e Lígia, a quem dei no texto os devidos créditos, liberando assim a sua publicação urgente, o que foi feito ainda na noite de ontem.

Mandei que printassem o texto de Max para ilustrar o d’APALAVRA, até mesmo para associar a credibilidade do autor daquele à respeitabilidade histórica do nosso portal, eis que agora – involuntariamente, repita-se – tínhamos uma pauta comum.

Acessamos o texto de Max Silva via link que ele havia postado em grupo de ZAP da imprensa, mas o mesmo fora deletado, no grupo de ZAP e no blog, constatação que pudemos ver quando precisamos printá-lo para a ilustração do nosso material.

DELETAR TEXTOS É RECORRENTE NOS GRUPOS DE ZAP.

De pronto o acionei, para saber das razões do apagão. Para minha surpresa, disse desconhecer o texto a que eu me referia e foi além: que ele, nunca na sua história, apagara qualquer coisa do seu blog (ou grupos de ZAP) “nem quando Adriano Galdino (presidente da Assembleia Legislativa) o ameaçara de processo em face de material lá publicado”, justificou-se.

Disse-lhe da minha estranheza e constatei que lá no grupo de ZAP várias mensagens dele haviam sido apagadas naquele dia onde eu acessara a sua matéria, mas para isso ele também me deu justificativa: teriam sido sobre o volume de água do açude Boqueirão com algumas inconsistências e que ele por essa causa deletara.

Não duvidei da sua palavra e apenas avisei que meu texto entraria no ar em instantes e que ele ficasse à vontade para esclarecer qualquer coisa, querendo, lá pela janela dos comentários, que é franqueada ao público.

Qual não foi a minha nova surpresa quando recebi, ainda perto da meia noite de ontem pelo ZAP, áudio do confrade com voz embargada denotando raiva, afirmando-me (e não quero nunca acreditar tenha sido em tom de ameaça) de que era homem de palavra.

– “Você pode ter APALAVRA ON LINE, mas não duvide da minha palavra, porque eu sou UM HOMEM DE PALAVRA!!!”, advertiu ordenando que eu tirasse do texto o seu nome, o que obviamente não atendi uma vez que ele próprio, em menos de cinco minutos, postou NOTA DE ESCLARECIMENTO em seu blog e logo a espalhou pelos grupos de ZAP da cidade, suprindo assim a sua necessidade.

Choveram indagações de colegas no meu ZAP. “Max tá te chamando de mentiroso”, era a voz corrente na internet. “O texto dele vai aparecer”, confortava outro. E um outro amigo, desses mais estudiosos dos meandros da grande rede, foi o grande herói de ontem.

“Marinho, digita o parágrafo da matéria dele que tu botasse na tua e pesquisa no Google que vai aparecer”, ensinou.

Pronto. Elucidada a questão!

O Google me mandou o texto, que vai aqui printado para que agora Max Silva faça a sua pessoal investigação. É de 2020, não por coincidência envolvendo Cássio e Romero e discorrendo sobre a sucessão municipal campinense e uma reunião entre os dois que “ocorrerá ainda esta semana”.

Maldade se foi, não sei. De quem, muito menos.

Do que eu sei, e a minha idade profissional não me permite cometer senilidades, é que eu não acredito em coincidências, principalmente nesse estranho e fétido mundo da política partidária e dos abutres que a permeiam.

A verdade é que o link dessa matéria do Blog do Max foi publicado no grupo de ZAP “Imprensa Campinense” ontem e em seguida deletada. O ano 2022 está perceptível em tipo 6 (o menor da página), sombreado (o que reduz a visibilidade para algo em torno de 20%) e as ilações, a partir de agora, fiquem por conta do prezado leitor.

O amigo MAX SILVA permanece com o meu respeito, a minha amizade e continuarei sendo seu fiel leitor.

EM TEMPO: tenho o dever de agradecer a MAX pela oportunidade – involuntária também – de me fazer reabrir os olhos para a certeza de que coleguinhas da imprensa local (cuspidores de microfones e que tais) torcem forte e sentem prazer em me ver pelas costas.

Infelizmente, para tais tipos, ouso aqui contrariá-los:

TENHO Deus em meu caminho!!!