Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

MANIFESTAÇÕES DE BRASÍLIA CULMINARAM NO CAOS INCONSTITUCIONAL 

Publicado em 9 de janeiro de 2023

Durante toda a semana que passou, Patriotas e Cristão Conservadores, convocaram através das redes sociais uma grande manifestação em Brasília a ser realizada de forma pacífica, ontem, 08.01.2023, na Praça dos Três Poderes, com comitivas de todos os Estados da Federação. Existe proibição legal que impeça o direito de ir e vir, reunião e mobilizações da população?

Desconhecemos.

A polícia do Distrito Federal liberou o acesso à praça dos Três Poderes, que é patrimônio do povo. Puseram barreiras para evitar a circulação de veículos e não tiveram a menor preocupação com as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, que tem suas próprias estruturas de segurança para garantir bens patrimoniais. O Congresso tem uma Polícia Legislativa – poucos brasileiros sabem. O Judiciário, além de sua Segurança Armada tem até uma Agência de Informações criada por Alexandre de Morais. O Palácio do Planalto é protegido pela Guarda da Independência. Resta a PM-DF suas funções de combate ostensivo nas ruas. “Cada um dentro do seu quadrado”.

O DETRAN-DF monitorou toda a marcha de 80 mil pessoas a pé, partindo da antiga rodoviária. Helicópteros e drones mostraram imagens de cidadãos pacíficos, sem armas, bastões ou qualquer tipo de artefato, que constatasse necessidade de uma intenção de enfrentamento ou confrontos violentos. Dentro de uma gigante multidão, ANTIFAS, BLACK BLOCS “infiltrados”, passam despercebidos. Vídeos mostram todos gritando, clamando para impedirem a invasão, logo que chegaram à sede dos Três Poderes. O intuito dos manifestantes era acampar na suntuosa Praça – construída com o dinheiro dos impostos pagos por todos que estavam ali – cobrarem a auditoria das urnas eletrônicas, disponibilização do código fonte, e o fim do Estado de Exceção imposto pelo STF/TSE.

Cercado de radicais “xiitas”, oriundos das esquerdas comunistas revolucionárias, Lula agiu sem pensar, demonstrando que nunca esteve preparado para ser Chefe de Estado. Convocou a mídia e destilou seu ódio, culpou indevidamente o governador Ibaneis Rocha, como responsável pelos atos de vandalismo. Em seguida, o destituiu, quando decretou Intervenção Federal, rasgando todo arcabouço jurídico/legal que assegura poderes a um governo, legitimamente eleito pelo povo.

Alguém mais prudente o avisou que os efeitos da “intervenção” fossem restritos apenas para o setor da Segurança Pública, ato também inconstitucional. Com o passar dos minutos, chegaram à conclusão que ainda existia uma Constituição, e toda intervenção federal deveria ter autorização do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco, para salvar seu “chegado”, convocou uma sessão extraordinária do Congresso, infringindo mais uma vez a Carta Magna. A atual Legislatura se encerrou com o recesso de 23/12/2022. O Congresso só volta a funcionar, com a posse (instalação) dos eleitos em 2022, data marcada para o primeiro dia útil de fevereiro (2023). Uma “usina” de ilegalidade foi posta linha de produção, todo tipo de ato, sem o devido amparo legal.

No amanhecer de hoje (09/01/2023) a saída foi usar mais uma excrescência do Xerife da Nação, Alexandre de Morais, que monocraticamente afastou o governador Ibaneis Rocha de suas funções por 90 dias, sem autorização do Poder Legislativo. Avançando na sua insana tirania, desafiou as Forças Armadas, determinando a retirada de todos os manifestantes das portas dos Quartéis. Registre-se a gravidade da Intervenção Inconstitucional de Lula: todo aparato de segurança será comandado por um civil do PCdoB, braço direito do Ministro Flávio Dino, com poderes de convocar, designar, deslocar e instruir as Forças Armadas do Brasil.

Lula deveria ter convocado o Conselho de Segurança Nacional e o Conselho da República. Mas, convocou os governadores para pedir seus apoios, fomentando um “motim “que pode culminar numa GLO, Estado de Sítio ou algo pior. Em apenas oito dias de governo, Lula desagregou uma Nação.