Júnior Gurgel

Jornalista político, memorialista e Ghost writer. Ex- diretor de Jornais e Emissoras de Rádio na Paraíba, com atuações no Radiojornalismo.

MAIS UM ATROPELO 

Publicado em 5 de dezembro de 2022

A antecipação da diplomação do candidato proclamado “eleito” pelo TSE, em 30/10/2022, para o próximo 12/12/2022, é mais um ato intempestivo do ministro Alexandre de Morais, atendendo um pedido de Lula, mesmo provocando conflito nas próprias regras e calendário eleitoral estabelecido pela Corte que preside, “queimando” a última etapa (15.12.2022), data para se consolidar relatórios do pleito, inclusive prestações de contas da campanha, que tem ação acolhida pelo seu vice-presidente (TSE) Ricardo Lewandowski. O açodamento é para barrar prazos de questionamentos?

Lula – que supostamente venceu uma guerra – continua lutando em diversas frentes de batalha para legitimar a vitória. Como se não bastasse, corre o risco de ser sabotado dentro do seu próprio Exército, que desconhece a ordem dos acontecimentos: “as tropas de combate, não são as mesmas de ocupação”. PT nostálgico, está em peso na Capital Federal, na busca de cargos. A Comissão de Transição (regulamentada por Lei) permite cinquenta membros. Já passaram de mil, e diariamente se apresentam mais “voluntários”. Geraldo Alckmin cansou. Não vai mais anunciar “equipes”.

Pergunta do momento: Quem está arcando com os custos deste imenso contingente de “voluntários”? Hotéis de Brasília e pousadas das cidades satélites, estão todos lotados. Um amigo foi ao DF semana passada, teve que pernoitar num motel em Taguatinga, pagando 600 reais. Reabriram “Serra Pelada”. Já se comenta que o número de Ministérios terá que ser ampliado para trinta e três, na esperança de “acomodar” parte da intransigente “militância”. O único responsável por este caos é o próprio Lula. Prometeu furar o “Teto dos Gastos”, criar mais Ministérios e trazer de volta os milhares de ASPONES(*), demitidos logo após a posse do ex-presidente Michel Temer.

Enquanto os petistas e legendas nanicas das esquerdas se acotovelam para entrarem no Governo, expressiva parte da população faz movimento oposto, acampados em frente aos Quartéis, pedindo “SOS” às Forças Armadas, através da instauração de auditoria Militar transparente, que ateste a inviolabilidade do “código fonte”, totalizador das eletrônicas. Exigem números e percentuais verdadeiros.

Lei da física: “toda ação, corresponde a uma reação, igual ou contrário”. O TSE/STF pode receber um contrafogo fulminante.  O atual Congresso – ainda investido de poderes até a posse dos novatos em fevereiro – está travado. Senado Federal, constitucionalmente pode e deveria intervir no STF/TSE, para esclarecer os abusos praticados no processo eleitoral e pacificar a Nação. Porém, faz manobra contrária e perigosa. Sob o comando de Rodrigo Pacheco, acatou sugestão de Ricardo Lewandowski (decano da Suprema Corte) para modificar na calada da noite a Lei do Impeachment, “blindando” os togados guardiões da Constituição, que ficarão fora do seu alcance. Se lograr êxito, estes humanos passarão a ser Divinos.

Silêncio de Bolsonaro, fugas de Lula que evita anunciar seu Ministério; falta de um nome que goze de credibilidade junto ao grande capital transnacional; apenas José Mucio Monteiro para dialogar com o Ministério da Defesa, GSI e Comandantes das Forças Armadas, são sinais claros que neste mar revolto não se descarta o fenômeno catastrófico da “tempestade perfeita”.

*ASPONE – no linguajar dos Barnabés, Assessoria de Porra Nenhuma. Só contracheque, longe do expediente ou trabalho.