“Maior carrego do Brasil” sofre crise renal e está na UTI do Pedro I  

Publicado em 29 de março de 2022

Nascido Severino Xavier de Souza, mas conhecido como Biliu de Campina ou “o maior carrego do Brasil”, como assim ele mesmo se auto define, o notável compositor e cantor está internado em UTI do Hospital Pedro I, de Campina Grande, acometido de forte crise renal, mas seu quadro se mantém estável, segundo boletim divulgado no começo da tarde.

Biliu está com 73 anos de idade e o médico Tito Lívio, diretor do Pedro I, informou que ele está consciente e orientado. O provável quadro de insuficiência renal está sendo investigado e o resultado dos exames feitos é aguardado.

Os familiares de Biliu de Campina Grande pedem orações neste momento pelo seu restabelecimento de saúde.

Biliu realizou o teste da Covid-19 e negativou para a doença, não tendo nenhum quadro pulmonar que gere preocupação.

QUEM É BILIU 

Formado em Direito, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), ele trocou a advocacia pela música em 1978 quando iniciou a carreira artística, resgatando o forró de raiz. É um forrozeiro que transita por Campina Grande, onde nasceu, tranquilamente, sendo um referencial e um patrimônio cultural da cidade. É fácil encontrá-lo no meio dos turistas no Parque do Povo e horas depois estar em cima do palco fazendo show.

Crítico voraz das bandas de forró eletrônico e forró universitário, classifica-as como sendo travestis de forrozeiros, que aparecem como balão junino, “fazendo forró à força e dizendo que estão dando força para o Forró”.

Biliu lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró O Ano Inteiro e Matéria Paga. E lançou dois CDs independentes: Do Jeito Que O Diabo Gosta e Forrobodologia. Em 2002 mantendo seu lado irreverente, lançou: Diga Sim a Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do Combate à Pirataria: Diga Não a Pirataria.

O forró de Biliu tem toda a essência dos forrós tradicionais, com um suingue característico dos discípulos de Jackson do Pandeiro e uma irreverência no duplo sentido das letras que mostra bem toda a malicia e o bom humor nordestino.

Biliu mantém um trabalho local por opção e por falta de oportunidade de mostrar seu trabalho a nível nacional; não quer se desgastar no sudeste, batendo portas lacradas e trocado por modismo do mercado fonográfico.

Fonte: Da Redação